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Um imbróglio virtual pode prejudicar a organização de um evento de proporção nacional. O Dia do Basta à Corrupção, que todo ano promove marchas, atos públicos e seminários de cunho político, teve cerca de 80 eventos criados no Facebook bloqueados sem qualquer razão aparente. Segundo a coordenadora nacional do Dia do Basta à Corrupção, Gerusa Lopes, os eventos, criados em janeiro, ficaram invisíveis para uns e visíveis para outros, e para estes não era possível confirmar presença. "Tínhamos já 11 mil pessoas confirmadas no evento principal, e o mais estranho é que os outros eventos foram criados de forma independente, mesmo assim foram bloqueados."

Sem qualquer resposta por parte do Facebook, a situação chegou ao Ministério Público de Rondônia, para onde filiados ao movimento naquele estado levaram a reclamação. "O setor de informática do Ministério Público leu todos os termos e políticas do Facebook e não encontrou nada que pudesse causar isso", conta Gerusa. Apenas por meio da ativação da rede social por parte do MP os organizadores do movimento puderam ter algum posicionamento. "O Facebook disse conhecer o movimento e, inclusive, ser simpatizante. Eles pediram para que levássemos os links bloqueados ao escritório central deles", explica Gerusa. Nos últimos dias, porém, o escritório da empresa em São Paulo entrou em contato com a coordenação do movimento para dizer que ninguém seria recebido e que tudo não deveria ter passado de um mal entendido. "Eles disseram que nunca recebem ninguém e pediram para fazer a notificação via Facebook como todo mundo", afirma Gerusa. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da rede social informou que a empresa não se pronuncia em casos específicos.

Mesmo com o imprevisto, a coordenadora do movimento explica que o Dia do Basta à Corrupção continua de pé, ocorrendo em diversas cidades do Brasil durante os dias 19, 20 e 21 de abril. A pauta, segundo ela, será pelo fim do voto secreto no Congresso e contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37/2011, que restringe o poder de investigação do Ministério Público. "Já temos 50 mil assinaturas do ano passado, fora as virtuais, e vamos recolher mais neste ano. Independentemente do imprevisto, sempre aparece bastante gente", espera Gerusa.

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