São Paulo (AE) A família do prefeito de Santo André, no Grande ABC (SP), Celso Daniel, seqüestrado e fuzilado em janeiro de 2002, quer proteção especial porque tem medo de morrer. Ontem, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos informou que irá ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para tomar providências imediatas a fim de assegurar a segurança dos parentes do prefeito morto, principalmente, os irmãos João Francisco e Bruno Daniel.
Os integrantes da comissão pedirão ao ministro que receba em audiência os familiares de Celso Daniel. O esquema para garantia de vida aos Daniel deverá ser cumprido pela Polícia Federal (PF). Francisco e Bruno revelaram à CPI detalhes de suposto esquema de corrupção em Santo André para financiamento de campanhas do PT. Afirmaram que o chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Gilberto Carvalho, teria dito que levava o dinheiro da propina diretamente para o então presidente nacional do partido, deputado José Dirceu (SP).
A preocupação com a segurança dos Daniel aumentou depois da morte misteriosa do legista Carlos Delmonte. Recentemente, o perito passou por uma estranha ocorrência na Avenida 23 de Maio ele dirigia o carro e foi fechado por desconhecidos. Para amigos de Delmonte, ele sofreu um atentado.
"É que eu não tenho condições, porque se eu tivesse já tinha abandonado o país", declarou Francisco. "Não só pelo risco mas pelo desânimo, pela vergonha que está o país."
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