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A dor dos pais do menino João Hélio Fernandes Vieites, de seis anos, morto em fevereiro, depois de ser arrastado por mais de sete quilômetros no carro onde estava, durante um roubo em Oswaldo Cruz, no subúrbio do Rio, continua latente. Eles reclamam da morosidade da Justiça. O processo está na Defensoria Pública e já teria esgotado todos os prazos para as alegações finais, quando é apresentado ao juiz para a sentença dos acusados.

"Estamos sofrendo muito com essa demora e indiferença com o caso", protestou, na tarde desta terça-feira (25), o pai de João Hélio, Elson Lopes Vieites. "Já se passaram quatro meses e o processo não sai das mãos dos defensores. Nunca vi isso na minha vida. É um absurdo", acrescentou o advogado da família da vítima, Gilberto Fonseca, alegando que, de acordo com o art. 500 do Código de Processo Penal, o prazo total para os quatro defensores seria de 24 dias (seis dias para cada um deles).

Segundo a assessoria da Defensoria Pública, o processo já foi analisado por três defensoras e segue para a última, na próxima semana, quando serão elaboradas as alegações finais. "Não há interesse em atrasar nada. Mas, não é um processo simples. São quatro réus, portanto quatro defensoras. Existe também um trâmite de uma para outra. E elas têm muito trabalho", explicou a assessora.

Os acusados são: Diego Nascimento da Silva, Carlos Eduardo Toledo Lima, Carlos Roberto da Silva e Tiago de Abreu Mattos.

Morte chocou o país

A morte de João Hélio se transformou numa tragédia que chocou o país. No dia 7 de fevereiro, Rosa Cristina Fernandes voltava para casa com os filhos Aline, de 14 anos, e João Hélio, de 6 anos, e uma amiga. Rosa parou no sinal de trânsito na Rua João Vicente, em Oswaldo Cruz, quando homens armados mandaram que eles saíssem do carro.

Mas quando Rosa foi tirar o filho, que estava preso ao cinto de segurança no banco de trás, um dos assaltantes bateu a porta e arrancou com o veículo. O menino ficou preso pelo lado de fora do carro e foi arrastado por 7 km, passando pelos bairros de Oswaldo Cruz, Madureira, Campinho e Cascadura.

Segundo testemunhas, moradores gritavam desesperados ao ver a criança sendo arrastada pelas ruas. Os criminosos abandonaram o carro com o menino pendurado do lado de fora na Rua Caiari, em Cascadura, e fugiram.

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