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Fazendeiros do Pará estão recorrendo a pistoleiros para se proteger de ladrões de madeira. Grupos armados ameaçam os invasores de morte, mas não conseguem impedir o contrabando.

Os ladrões de madeira invadem as propriedades, expulsam as famílias e retiram as toras. Para o Ibama, os crimes são financiados pelo setor madeireiro.

- Tem um grupo econômico muito forte de madeireiros. É um crime organizado - aponta Marcílio Monteiro, gerente do Ibama no Pará.

Em um município que fica na Região Sudeste do Pará, fazendeiros estão se armando para defender as propriedades. Um grupo concordou em falar desde que não fosse identificado.

Pistoleiros foram contratados para proteger a área de floresta que tem 500 hectares de madeira nobre. Os invasores estão escondidos na mata. Os fazendeiros dizem que antes de recorrer aos grupos armados procuraram a polícia e a justiça, mas, segundo eles, nada foi feito para expulsar os invasores.

- Nós estamos sendo obrigados a tomar as nossas providências que as autoridades até agora estão parando, paradas mesmo - diz um fazendeiro.

Os pistoleiros têm revólveres e escopetas. Um homem já matou várias pessoas:

- Umas dez pessoas mais ou menos - confirma ele.

A Polícia Federal afirma que no interior do Pará é comum o uso de armas ilegais.

- Em quase todas as propriedades rurais do interior do Pará você encontra geralmente armas longas, calibre 20,28,32, que as pessoas alegam que são utilizadas apenas pra caça, mas são armas também ilegais - diz Ualame Machado, delegado da Polícia Federal.

Segundo a polícia, as armas utilizadas no Pará vêm do Paraguai e entram no país por Foz do Iguaçu. Na fazenda invadida, os donos dizem que estão preparados para o confronto.

- Se aparecer nego aqui abrindo fogo a gente abre fogo e é pra matar mesmo - ameaça o dono de fazenda.

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