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O jovem R.A.A.C., o "Champinha", de 20 anos, fugiu nesta quarta-feira (2) da unidade da Vila Maria da Fundação Casa, antiga Febem. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Febem. Champinha teria deixado o complexo por volta das 18h15. Acompanhado de um outro adolescente, ele pulou o muro da unidade. A informação havia sido divulgada pelo Sindicato dos Funcionários da Febem.

Os funcionários que trabalhavam na unidade no turno em que ocorreu a fuga foram afastados temporariamente. Há suspeitas de que a fuga tenha sido facilitada, já que uma escada foi encontrada no muro por onde os dois adolescentes escaparam. Foi aberta sindicância interna na Fundação Casa para investigar o caso.

A Polícia Militar foi chamada para tentar recapturar os fugitivos por volta das 18h30. O 5° Batalhão da PM participa das buscas. O policiamento na região também foi reforçado. De acordo com a Fundação Casa, Champinha estava em uma área separada dos outros jovens, conhecida como área do seguro.

Champinha ficou conhecido após ser internado na Febem pelo assassinato da adolescente Liane Friedenbach, de 16 anos, e pelo planejamento da morte do namorado da jovem, Felipe Silva Caffé, de 19 anos. O crime ocorreu em 2003 na cidade de Embu-Guaçu, na Grande São Paulo.

Antes de ser morta, Liane foi violentada e torturada. Champinha, na época com 16 anos, foi apontado como líder do grupo de 3 pessoas que praticou o crime. Como era menor de idade, ele foi detido na antiga Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem, atual Fundação Casa).

O prazo legal de internação de Champinha - até três anos, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) -, venceu em 17 de novembro de 2006. Sem um local especializado para receber adolescentes com o perfil de Champinha, a Secretaria apresentou como alternativa sua permanência na Febem.

Uma liminar da juíza Alena Cotrim Bizzaro, de Embu-Guaçu, no entanto, determinou que ele ficasse na instituição até que a Secretaria Estadual de Saúde indicasse uma clínica para recebê-lo.

Em outubro, o juiz ordenou que ele fosse para um manicômio com base em laudos do Instituto Médico Legal (IML), que atestam nele "altíssima possibilidade de reincidir no crime".

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