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Depois do relatório de Osmar Serraglio (PMDB-PR), o "combustível de janeiro" da CPI dos Correios será o balanço das operações dos fundos de pensão com títulos públicos. Mais uma vez, o Prece, da Cedae (companhia de água do Rio), é o campeão de irregularidades. Rede bancária – Os auditores da sub-relatoria de fundos de pensão também já estão próximos de concluir o balanço das operações com títulos privados, que mostram problemas concentrados em três bancos: Santos, BMG e Rural.

Amém – Depois da crucial decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que liberou a transferência dos sigilos da Prece, o deputado ACM Neto (PFL-BA) recebeu o seguinte e-mail de um eleitor: "Graças a Deus, o Supremo atendeu à nossa prece!". Trio parada dura – O relatório parcial será base para o indiciamento, em janeiro, do que a cúpula da CPI chama de "Tríplice Coroa do Mensalão": Marcos Valério, Delúbio Soares e Henrique Pizzolato. Delação premiada – A comissão espera que Pizzolato, o principal alvo do relatório, fale finalmente o que sabe sobre a montagem do valerioduto. "Depois de hoje, ou ele fala ou morre sozinho", diz o deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ). Antídoto – Ao reafirmar o uso do termo mensalão e confirmar sua ocorrência, a CPI teve um objetivo deliberado: reforçar a pressão contra a pizza que os mensaleiros preparam na Câmara. Em causa própria – Petistas e tucanos próximos ao prefeito de São Paulo fizeram a mesma leitura do elogio de José Dirceu à "independência" de José Serra: o ex-deputado tenta se aproximar do PSDB de olho no projeto de sua anistia.

Só pensam naquilo – Depois de três dias às moscas, o Congresso estava lotado ontem. Mas o quórum alto nada teve a ver com a convocação: com o anúncio da última liberação de recursos do ano, cada parlamentar procurou garantir o atendimento de suas emendas, com romaria aos ministérios. Capítulo final – Em solenidade de dez minutos, chegou ao fim ontem a novela da cassação de Ronivon Santiago (PP-AC). O ministro Carlos Velloso, do TSE, mandou cumprir decisão que a Câmara vinha protelando, e Chicão Brígido (PMDB) foi empossado. Volta à guerrilha – Fernando Gabeira (PV-RJ) diz que vai denunciar em plenário todos os rumores de manobras para salvar mensaleiros. "Temos de apelar para o instinto de sobrevivência dos deputados. Senão, vão absolver todos." Outro lado – O deputado Professor Luizinho (PT-SP) nega que queira "pegar carona" na absolvição de Romeu Queiroz (PTB-SP). "Só espero que o Conselho de Ética analise caso a caso. Não há nada que me comprometa." Em dia – O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), aprovou a aposentadoria de Augusto Nardes (PP-RS), a partir de 20 de setembro, quando o ex-deputado tomou posse como ministro do Tribunal de Contas da União.

TIROTEIO

* Do deputado federal Sílvio Torres (PSDB-SP), sobre o tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, ter dito que o governador Geraldo Alckmin deveria saber que a filha trabalhava em uma loja acusada de evasão de divisas:

– Pelo jeito, o PT não aprendeu nada com a crise e continua escalando seus tesoureiros para fazer o trabalho sujo.

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