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O presidente do PT, Tarso Genro, reagiu nesta quarta-feira às declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de que a CPI dos Correios corre o risco de desviar o foco ao ampliar demais as investigações. Tarso disse que FH, com essa afirmação, "parece não querer examinar a questão da corrupção sistêmica no Brasil", ressaltando que não foi com o PT que as irregularidades começaram.

Num recado aos tucanos, Tarso disse que o PT não pode ser julgado pela conduta de alguns militantes, assim como o PSDB não pode ser julgado pelos acontecimentos em Minas Gerais, onde as empresas de Marcos Valério repassaram recursos para a campanha do candidato tucano ao governo mineiro em 1998, o hoje senador Eduardo Azeredo.

- Não podemos ter essa visão foquista que está colocando o ex-presidente Fernando Henrique. Pode parecer que Fernando Henrique coloca que tem que ter foco para não ter que examinar a questão da corrupção sistêmica no Brasil. A visão foquista pode parecer um hábeas-corpus preventivo no plano da política. Não é correto isso. Se é verdade que o PT não tem o monopólio da virtude, também a conduta de alguns minilitares do PT não foi o que inaugurou as irregularidades ou ilegalidades nesse país. O PT não pode ser julgado pela conduta de alguns militantes, assim como não temos o direito de julgar o PSDB por esses acontecimentos de Minas - afirmou.

Tarso disse ainda que é preciso investigar tudo com parcimônia, sem prejulgamentos, mas ressaltou que a investigação tem que ser ampla, abrangendo todos os focos de corrupção no país. Tarso falou com a imprensa depois de se reunir com o ministro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e da Coordenação Política, Jaques Wagner, no Palácio do Planalto. Tarso viaja hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Rio Grande do Sul, na sua última viagem como ministro. Ele entrega o cargo a Fernando Haddad na sexta-feira.

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