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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu neste domingo a realização de prévias no PSDB para a disputa presidencial de 2014, dizendo as eleições internas são um meio democrático de escolha sempre que houver mais de um pré-candidato. Ele criticou o que chamou de "imposição" do PT em relação aos seus candidatos e ressaltou que o partido deixou de atuar de maneira democrática como fazia no passado.

"No PT, é tudo imposição. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai lá e manda: 'Vai ser a Dilma Rousseff. Vai ser o Fernando Haddad.' E foi. Deixou de funcionar democraticamente como no passado. O PSDB, pelo contrário, está se aperfeiçoando para ser um partido mais aberto."

Numa legenda em que a consulta a filiados nunca foi prática comum, a experiência na maior cidade do país tende a reacender a pressão sobre o uso das prévias para escolha do presidenciável tucano em 2014. Nas duas últimas eleições presidenciais, o partido resistiu às prévias. Nas duas ocasiões, aliados de Serra trabalharam para evitar a disputa interna.

Hoje, dois anos antes do pleito de 2014, há grupos defendendo a realização delas para a definição do próximo presidenciável. Para disputar com o senador Aécio Neves, a lista de nomes lançados nos bastidores já é grande. Inclui os senadores Álvaro Dias e Aloysio Nunes Ferreira e o governador Marconi Perillo. Serra promete desta vez não abandonar a prefeitura, se eleito, para lançar-se na eleição.

FHC defendeu ainda mudanças no processo de distribuição de poder no governo. Para ele, a presidente Dilma Rousseff está sentindo dificuldades em manter o apoio da base aliada dentro de um modelo que baseia a distribuição de poder em interesses dos partidos e não interesses do programa de governo.

"Há um processo de distribuição de poder no governo federal que desse jeito não vai (para frente). Não sei se a presidente vai conseguir, porque às vezes não adianta trocar seis por meia dúzia. Ela está sentindo as dificuldades de uma montagem política que não está baseada nos interesses de um programa, mas nos interesses dos partidos e, eventualmente, de balcões nos ministérios. E que precisa quebrar isso, precisa. A crise foi causada por isso", disse.

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