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Para ex-presidente, é difícil Dilma voltar a ter controle da situação política. |
Para ex-presidente, é difícil Dilma voltar a ter controle da situação política.| Foto:

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse nesta terça-feira que não acredita numa aprovação da CPMF pelo Congresso. Para ele, a presidente Dilma Rousseff não tem “fibra política” necessária neste momento para obter apoio para o pacote de ajuste fiscal apresentado. “Eu não acredito que vão aprovar. Basta ver as declarações feitas pelos líderes políticos (hoje). É muito difícil sair dessa situação se não resolver a crise política”, afirmou.

O ex-presidente participou nesta tarde de um seminário em seu instituto em São Paulo para discutir a crise política e econômica no país. Estavam na mesa de debate também o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga e o cientista político Sérgio Abranches. Em uma das intervenções que FH fez durante o debate, ele mostrou-se pouco otimista com a implantação das propostas anunciadas ontem pelo governo federal para enfrentar o caos fiscal do governo.

“A última proposta que apresentaram é muito difícil que o Congresso aprove e todo mundo sabe que é difícil. Para passar no Congresso, é preciso ter força política. Nada passa no Congresso sem força política porque fazer reformas é enfrentar interesses enraizados. Para atravessar isso, é preciso ter fibra política e convicção. Ela (as medidas) vai cair daqui a pouco”, disse.

FHC evitou posicionar-se a favor ou contra a recriação do imposto. Ele disse que ainda não sabia exatamente quais eram os termos da proposta apresentada. Mas o ex-presidente também se mostrou cético quanto a uma reabilitação política de Dilma. Inicialmente, ele fez uma análise da conjuntura política durante o seminário. “É difícil a Dilma voltar a ter controle da situação”.

FHC disse que se trata de uma “questão de tempo” a queda do governo. “Se ela não der uma virada, é uma questão de tempo. E eu não vejo como ela possa dar uma virada porque ela está perdendo a base do partido dela”. O tucano usou a mesma expressão “questão de tempo” ao se referir à organização de “forças políticas” como alternativa para a crise. “Em política, tem que saber a hora”, aconselhou.

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