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| Foto: Marco André Lima/Gazeta do Povo
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Pinga-fogo

"Ninguém tem a expectativa de que, com um aumento, em média, de 19 reais a gente vai conseguir resolver o problema da extrema pobreza no Brasil. Se fosse assim, vamos combinar que a minha tarefa estava bem fácil."

Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social, sobre o aumento no valor do programa Bolsa Família.

Uma das medidas anunciadas pelo presidente da Assembleia paranaense, Valdir Rossoni (PSDB), para modernizar a Casa teve de ser postergada. Trata-se do desconto salarial dos deputados que faltarem às sessões sem justificativa. De acordo com o primeiro-secretário, Plauto Miró (DEM, foto), não foi possível fazer o controle de presença dos parlamentares ao longo das duas primeiras semanas de fevereiro, uma vez que o painel eletrônico só começou a funcionar na metade do mês. A promessa da Mesa Executiva é que a medida já está valendo para março. Ao menos por enquanto, a exigência tem surtido efeito. Com a necessidade de os parlamentares registrarem duas presenças por dia – no início da sessão e ao começarem as votações dos projetos –, a média tem sido de quase 50 deputados presentes por sessão – na legislatura anterior, isso era praticamente inimaginável. Segundo Rossoni, as justificativas de ausência dadas pelos parlamentares serão publicadas no Portal da Transparência para que os paranaenses façam seus julgamentos.

Muito estranho

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO, foto), uma das mais ativas parlamentares da oposição, usou a tribuna do Senado na terça-feira à noite para fazer elogios à política de ajuste fiscal do governo e à decisão da presidente Dilma Rousseff de fixar o salário mínimo em R$ 545. O DEM queria R$ 560. Kátia subiu à tribuna em nome da liderança do partido, sob o argumento de que criticaria a medida provisória que capitaliza o BNDES. Mas acabou por fazer tantos elogios ao governo que mais parecia uma senadora da base aliada. "A presidente [Dilma Rousseff] apresentou um salário possível, compatível com a realidade atual, anunciou um corte de despesas significativo, de R$ 50 bilhões", disse a senadora, para surpresa de todos, governo e oposição.

Despachante

Os deputados vão perder a maioria de suas emendas, mas terão tratamento VIP no Ministério das Cidades. Em discurso ontem na Comissão de Minas e Energia da Câmara, o ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP-BA), se apresentou como um deputado que "está ministro". Mas sua passagem pela comissão foi tempo suficiente para anunciar aos deputados presentes que eles terão um tratamento especial de seu ministério. Incluídas tratativas para liberação das emendas parlamentares que sobraram do facão da área econômica. Ele afirmou que, em seu ministério, haverá um gabinete especial para receber deputados. E terá também uma espécie de assessoria parlamentar itinerante, que irá aos gabinetes na Câmara acolher as demandas dos políticos.

Ao ataque

Quatro deputados federais do DEM subiram no plenário da Câmara ontem para criticar o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Classificaram a nova legenda que deve ser criada por ele de "partido da boquinha, que quer pegar uma teta gorda que o governo federal tem" e chamaram a atitude de fusão com um novo partido posteriormente como "lamentável" e um "adesismo oportunista". Entre os parlamentares que atacaram Kassab estava o paranaense Abelardo Lupion.

Para cair na folia

O carnaval começa oficialmente sábado, mas para os senadores a folia foi antecipada. A Casa não realizou votações em plenário ontem para liberar os congressistas a retornar aos seus estados sem cortes nos salários. Pouco senadores participaram da sessão ontem, embora 60 tenham registrado presença. Pela manhã, houve trabalho normal nas comissões. O feriado do Senado será de 11 dias, já que as votações serão retomadas em 15 de março.

Para pensar...

"Se a população acompanhar. Se tiver espaço para participar, a reforma sai. É como a Lei da Ficha Limpa, que aconteceu pela pressão popular."

Sandro Alex, deputado federal (PPS-PR), sobre o andamento da reforma política no Congresso.

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