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Os passageiros que aguardam a viagem nos principais aeroportos do país têm medo de não chegar a tempo para a ceia de Natal. Neste domingo (24), as filas continuam e as salas de embarque estão lotadas em São Paulo, Rio e Brasília.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informa que o fluxo de passageiros é menor do que nos últimos dias e que a operação se normalizou no Sul, Nordeste e Norte do país. Por meio de nota, a Anac diz que há problemas na operação da TAM em São Paulo, Rio e Brasília e todos os vôos atrasados têm previsão de embarque nas próximas horas.

Quem precisa embarcar no aeroporto de Brasília ainda passa por dificuldades. A fila no balcão da TAM é longa e chega até o estacionamento. Das 15 partidas da TAM previstas no site da Infraero, nove estão com atraso de mais de uma hora. Uma, para Belém, foi cancelada.

No aeroporto de Guarulhos (SP), o tempo médio de espera nas filas é de três horas. As salas de embarque estão cheias. Durante a madrugada, o terminal permaneceu lotado, sob tensão e vigiado pela polícia. Nos terminais de São Paulo, pelo menos 44 vôos estão com mais de uma hora de atraso.

No Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, as filas diminuíram e os passageiros reclamam da superlotação das salas de embarque. Há informações de que algumas pessoas estão se recusando a sair dos aviões que chegam ao terminal, pois têm medo de não conseguirem viajar para outras cidades.

No início da manhã, houve tumulto e protestos e a Polícia Federal e seguranças da TAM foram acionados. Uma pessoa passou mal e foi atendida pelos médicos do terminal. Durante a madrugada, os atrasos foram de, em média, seis horas.

O aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), tem pelo menos 14 atrasos. Em Porto Alegre (RS), oito aviões estão fora do horário previsto. No Recife (PE), quatro vôos já atrasaram.

Caos começou na quarta-feiraAs filas e atrasos nos aeroportos se arrastam há cinco dias. No sábado (23), o cenário ficou ainda mais caótico. Os funcionários da TAM chegaram a abandonar o balcão de atendimento em Congonhas e alegaram que foram agredidos. As tripulações se negaram a voar por conta do excesso de horas trabalhadas.

Da zero hora até as 17h, 699 dos 1.266 pousos e decolagens programados em todo o país sofreram atrasos de mais de uma hora _o que equivale a 55% das operações. Foram canceladas outras 36 decolagens. Na sexta-feira (22), que tinha sido considerada pela Infraero o segundo pior dia desde o início da crise aérea, em outubro, foram 583 atrasos, o equivalente a 48% dos vôos previstos no mesmo período.

A Anac diz que o caos recomeçou por causa do mau tempo que fechou o aeroporto de Congonhas na quarta-feira (20) e da TAM, que teve que realizar manutenção não programada em seis aviões. Sem aeronaves, os vôos dessa companhia atrasaram, prejudicando outras empresas.

Para amenizar a crise, aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) foram disponibilizados para levar passageiros da TAM ao seu destino. Quem viajou na aeronave oficial, no entanto, acredita que ela está sendo mal utilizada. Aviões de outras companhias também estão colaborando.

O Aeroporto de Congonhas foi autorizado a funcionar durante a madrugada deste domingo, para agilizar a partida de vôos atrasados. Isso já havia acontecido durante a semana.

O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, diz que estão sendo tomadas providências para o problema ser resolvido neste domingo. Ele acredita que as filas e atrasos não se repetirão no Ano Novo.

*Com informações da Globo News, da Globominas, da Globo Nordeste e da Rádio Gaúcha

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