• Carregando...
Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, na primeira reunião do novo partido: legenda se autodeclarou de centro, embora o prefeito paulistano tenha dito recentemenre que a sigla  “não seria de direita, nem de centro, nem de esquerda” | Marcelo Camargo/Folhapress
Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, na primeira reunião do novo partido: legenda se autodeclarou de centro, embora o prefeito paulistano tenha dito recentemenre que a sigla “não seria de direita, nem de centro, nem de esquerda”| Foto: Marcelo Camargo/Folhapress

Principal bandeira é nova Constituinte

Criticado pela indefinição ideológica, o PSD lançou ontem um manifesto em que assume como principal bandeira a realização de uma Constituinte exclusiva para revisar o texto constitucional de 1988. O plano é apresentar uma emenda no Senado que preveja a convocação de uma eleição específica para 2014. Os trabalhos durariam dois anos e seriam focados nas reformas política, tributária, fiscal, penal e trabalhista.

Leia matéria completa

Para especialistas, sigla é sinônimo de oportunismo

A criação do Partido Social Demo­­crático (PSD) é reflexo do sistema político brasileiro, na opinião de analistas políticos ouvidos pela Gazeta do Povo. Segundo eles, a nova legenda é oportunista ao ser criada para beneficiar políticos descontentes com suas legendas e que pretendem migrar para uma nova sigla sem perder o mandato.

Leia matéria completa

Posição da sigla

Independente em Brasília, aliada no PR e indefinida em Curitiba

Apesar de ter sido fundado a partir de uma dissidência de um partido de oposição (DEM), o PSD promete uma postura independente em relação ao governo Dilma Rousseff (PT). A ideia é bem vista no Palácio do Planalto, que pode diluir as pressões dos demais partidos da base aliada. Em algumas situações, no entanto, a legenda promete se chocar com os governistas – como na criação de novos tributos.

"O que mais atraiu gente foi a proposta de trabalharmos com democracia interna de verdade. Vamos ter prévias para tudo", diz o presidente do PSD no Paraná, Eduardo Sciarra. Segundo ele, isso já se aplicou no processo de fundação da legenda. "Houve comissões provisórias que decidiram sozinhas, em votação, se aceitavam determinados filiados. Aliás, existe até uma tendência de não buscarmos na Justiça mandatos de quem quiser sair."

Ao contrário da independência proposta no plano nacional, em 18 dos 27 estados o PSD será aliado dos atuais governadores. Dentre eles está o Paraná, onde o vice-presidente estadual da legenda, Alceni Guerra (ex-DEM), é secretário do Escritório de Representação em Brasília. Por enquanto, não houve discussão sobre novos cargos.

Em Curitiba, segundo o futuro presidente do diretório municipal, deputado estadual Ney Leprevost (ex-PP), o partido só vai discutira sucessão municipal em março do ano que vem, quando o prefeito Luciano Ducci (PSB) completar seu segundo ano de mandato. "Será o momento de avaliar a gestão do prefeito e decidir com a base se o PSD lança candidato próprio ou faz aliança", disse. (AG e SM)

  • Dilma: agrados aos militares.
  • Confira o tamanho do recém criado Partido Social Democrático

Brasília - O Partido Social Democrático (PSD) nasceu anteontem, mas o peso real da 28.ª sigla em atividade no Brasil só será conhecido em um mês. Políticos com mandato e ainda filiados a outras legendas que participaram de alguma forma da fundação do PSD terão até 27 de outubro para se decidir sobre a mudança. Grande parte deles fez uma espécie de "filiação de gaveta" – reuniu documentação necessária para a troca partidária, mas preferiu não se arriscar antes de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizar a criação do partido.

Até a noite da última terça-feira, quando o TSE liberou o funcionamento da legenda, 47 deputados federais (sete deles licenciados para ocupar cargos de secretários nos estados) haviam confirmado a filiação ao PSD. Ontem, o presidente nacional da sigla e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse que o número total de deputados aptos a se filiar (ou seja, que têm como comprovar a participação na fundação da legenda) varia entre 75 e 80. Também estão confirmados dois senadores, dois governadores e seis vice-governadores.

Esses números podem crescer em uma proporção similar à da Câmara. A expectativa é que a quantidade de deputados federais chegue a pelo menos 55. Com isso, o PSD se transformaria na terceira maior bancada da Casa, na frente do PSDB (53) e atrás apenas de PT (86) e PMDB (80).

Paranaenses

No Paraná, o primeiro a utilizar a "filiação de gaveta" deve ser o deputado federal Reinhold Stephanes (PMDB). "Estou 98% no PSD, só preciso tirar as últimas dúvidas jurídicas", diz o parlamentar. Embora tenha mantido a mudança em sigilo nos últimos meses, ele assinou uma ficha de associação ao partido e foi incluído na co­­missão provisória de Curitiba.

O presidente estadual da legenda, deputado federal Eduardo Sciarra (ex-DEM), conta que há mais três colegas de Câmara na mesma situação. "Dois com chances muito boas de formalizar a filiação", afirma. Na Assembleia Legislativa do Paraná, dois deputados estaduais já oficializaram a troca, Ney Leprevost (ex-PP) e Marla Tureck (ex-PSC), e ou­­tros quatro estão aptos, mas ainda não se decidiram.

Sciarra explica que não pode revelar os nomes porque os anúncios cabem aos novos filiados. Ele estima que o PSD também vai contar com pelo menos 40 prefeitos paranaenses, além de centenas de vereadores – pelo menos dois curitibanos, Jairo Marcelino e Roberto Hinça, ambos saídos do PDT. A filiação de quem pretende concorrer às eleições municipais de 2012 precisa ser feita até 7 de outubro.

"Apesar do pouco tempo para acertar tudo, estamos confiantes que conseguiremos uma excelente participação no ano que vem", prevê Sciarra. Ao todo, o PSD compôs 22 diretórios municipais e cerca de 320 comissões provisórias no Paraná. Segundo o deputado, o partido vai recorrer ao TSE para saber quais serão os critérios de divisão do tempo de rádio e televisão no horário eleitoral gratuito de 2012. "Se valer o tamanho da bancada que nós estamos formando agora, teremos um peso bem maior", complementa.

Interatividade

O partido pelo qual o candidato se lança faz diferença na hora do voto? Por quê?

Escreva para leitor@gazetadopovo.com.br

As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]