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Os partidos menores foram os que mais comemoraram o fim da verticalização aprovado pelo Congresso Nacional. Se as grandes legendas já enfrentam problemas com diferenças regionais, a questão se agrava quando se trata das siglas que ainda estão em formação ou têm poucos representantes no Congresso. Entre os que buscam lugar entre os grandes, o PC do B, o PL, o PV e o PSB foram os mais afetados.

Para o PC do B, nacionalmente a situação não se altera, uma vez que a legenda já está trabalhando pela reeleição de Lula, mas no Paraná, pode fazer com que o bloco de apoio ao governador Requião ganhe mais um aliado. "Nossa principal preocupação é a reeleição de Lula, mas no estado podemos discutir a formação de imediato da mesma frente que elegeu Requião em 2002", explica o presidente do diretório de Curitiba, Joel Benin. "Ainda estamos discutindo a questão, mas é uma das idéias que vamos sugerir", completa. Tradicionalmente, o PC do B concorre coligado ao PT e não vai lançar candidato próprio ao governo. "Mas em outros estados precisamos da liberdade de opção para viabilizar nossos candidatos à majoritária", conta Benin.

No lado da oposição, o PSB estuda alianças, desde que seja de um candidato de oposição ao governo estadual. "Ainda estamos discutindo isso, tudo vai depender do candidato que a oposição apresentar e principalmente que tenha uma proposta de desenvolvimento para o Paraná", afirma o presidente estadual do partido, Severino Araújo. O dirigente garante que o apoio será apenas para a eleição majoritária, mas na disputa proporcional os socialistas pretendem concorrer com chapa própria. "Não temos um nome de visibilidade para concorrer ao governo, com exceção da ex-primeira dama Fani Lerner, que até agora não mostrou disposição de lançar a candidatura", diz. Sobre os nomes que a oposição apresentou até agora, Severino Araújo afirma que nenhum deles conseguiu empolgar o PSB ainda. "Os partidos que se dizem oposição fazem parte da base do governador na Assembléia, até parece que existe um acordo Branco", conclui.

Candidatos próprios

O PL já tem candidato próprio, e o presidente da sigla no Paraná, deputado federal Oliveira Filho, garante que o fim da verticalização não vai mudar o projeto. "Mesmo assim, apoiamos o fim da verticalização. A regra é herdada dos militares que verticalizaram o voto do cidadão nos anos 80, quando o eleitor era obrigado a escolher todos os candidatos do mesmo partido. Não é correto comparar o Brasil como países como a França e Inglaterra, temos uma diversidade cultural e política nas diferentes regiões. O PL do Sul é diferente do partido no Nordeste", afirmou.

O Partido Verde também terá candidato próprio, mas para o presidente dos verdes no estado, Mello Viana, o fim da verticalização favorece o lançamento de uma candidatura a presidente. "A executiva nacional tinha decidido não lançar candidato à Presidência para não inviabilizar as candidaturas estaduais", conta. Viana explica que o partido não precisa de coligações no Paraná e já está com a chapa completa para a disputa deste ano.

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