Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Divisão administrativa

Financiada por royalties, Itaipulândia deslanchou

Itaipulândia - O ex-servidor público Pedro Paulo Constâncio diz ter certeza de que fez a escolha certa. Há 15 anos comprou um terreno e está concluindo a construção da casa às margens da praia artificial de Itaipulândia, cidade do Oeste do Paraná instalada em 1.º de janeiro de 1993. Desmembrado de São Miguel do Iguaçu, o antigo distrito de Aparecidinha d'Oeste é um dos exemplos das emancipações feitas na década de 90 que deram certo no Paraná.

Estimulado pelo cenário promissor, pela estrutura que estava sendo instalada e pelas alternativas de lazer, Constâncio conta que o sentimento de satisfação com as oportunidades de crescimento é quase unânime entre os moradores de Itaipulândia. "Que outra cidade desse porte oferece condições como as que temos aqui? Não é uma Suíça, mas não dá para comparar com Foz do Iguaçu, por exemplo." Na educação integral, seis escolas oferecem Ensino Fundamental e outras 21 mantém o Ensino Médio.

Beneficiada por uma parcela significante dos royalties pagos pela usina de Itaipu como compensação pelos territórios alagados para a formação do reservatório da hidrelétrica, Itai­­­pu­­­lândia conta com um dos orçamentos per capita mais altos do estado. Em 2007, o repasse de Itaipu somou R$ 24 milhões dos R$ 35,3 milhões arrecadados pelo município. Com um PIB anual próximo de R$ 84 milhões, a cidade viu a população quase dobrar – passando de 4,6 mil habitantes para 8,5 mil habitantes – em pouco mais de dez anos.

Os royalties foram um dos fatores que mais influenciaram no desenvolvimento do município, explica o professor Ronaldo Bulhões, do departamento de Economia da Universidade Es­­­tadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Cascavel. O recurso extra garantido atingiu a marca US$ 679,6 mil em outubro. Antes do desmembramento, São Miguel do Iguaçu ficava com a maior fatia dos royalties. Hoje, Itaipulândia ocupa a quarta posição nos repasses do benefício e fica um lugar à frente de São Miguel.

De acordo com Bulhões, o desempenho da cidade depende da dinâmica da região, da proximidade com municípios-polo, do próprio perfil econômico e das condições de oferecer incentivos para a atração de novos investimentos. Metade da economia de Itaipulândia é movimentada pelo setor de serviços, 25% pela indústria e 15% pela agropecuária. "Em muitos dos municípios que se emanciparam na mesma época e não tiveram o mesmo crescimento, a proporção é contrária, com a pequena agricultura ainda como principal fonte econômica. Isso não garante o crescimento."

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.