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investigações

Foco da Lava Jato em 2016 será na área internacional da Petrobras

Colaborações premiadas do ex-diretor da estatal Nestor Cerveró e do lobista Fernando Baiano vão auxiliar, por exemplo, nas apurações sobre a compra da refinaria de Pasadena

Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras: delação dele e do lobista Fernando Baiano são apostas para este ano. | Arquivo/Gazeta do Povo
Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras: delação dele e do lobista Fernando Baiano são apostas para este ano. (Foto: Arquivo/Gazeta do Povo)

Foco da Operação Lava Jato desde 2014, a Petrobras vai continuar na mira da força-tarefa em 2016. Neste ano, as investigações devem se concentrar na área internacional da estatal, incluindo a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

A controversa aquisição coloca no centro do escândalo da Petrobras a presidente Dilma Rousseff (PT), que comandava o Conselho de Administração da Petrobras na época da compra. Apesar de não poder ser investigada pela PF do Paraná, Dilma pode sofrer ainda mais com os impactos políticos das investigações.

De acordo com o delegado da Polícia Federal Marcio Anselmo, integrante da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, a área internacional da estatal deve ser bastante explorada neste ano.

Nesse ponto, as colaborações premiadas do lobista Fernando Soares e do ex-diretor Nestor Cerveró devem dar um novo fôlego às investigações.

Os depoimentos dos dois colaboradores também devem aumentar ainda mais a tensão política. Em suas delações, Fernando Soares citou os nomes do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) e do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) − preso por ordem do STF por tentar atrapalhar as investigações.

Soares afirmou ter pago propina aos senadores no contrato de fretamento do navio-sonda Petrobras 10.000.

De acordo com a delação premiada, o petista e o peemedebista teriam dividido US$ 6 milhões com Jader Barbalho (PMDB-PA) e o então ministro das Minas e Energia Silas Rondeau − afilhado do PMDB do Senado no cargo.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também aparece nas delações do lobista. Soares afirma ter pago pelo menos US$ 5 milhões em propina no exterior a Cunha por contratos na área internacional da Petrobras.

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