
Brasília - O fim do desfile de Sete de Setembro em Brasília foi marcado por um protesto contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Cerca de 150 manifestantes, pelos cálculos da Polícia Militar, romperam uma das grades de segurança, invadiram o gramado da Esplanada dos Ministérios e conseguiram chegar a menos de cem metros do palanque onde estava o presidente Lula e o colega francês, Nicolas Sarkozy.
A intenção dos manifestantes era chegar o mais próximo possível do presidente, para que ele visse o protesto. Não deu muito certo. Assim que alcançaram a penúltima grade antes do palanque de Lula, os manifestantes foram contidos por 15 seguranças da Presidência, que correram para evitar que eles se aproximassem. Houve princípio de confusão.
Os manifestantes ainda tentaram medir força com a segurança, mas quando conseguiram furar o bloqueio, Lula já havia descido do palanque estava entrando no carro oficial que o levaria de volta ao Palácio da Alvorada. E Sarkozy já tinha ido embora.
Os manifestantes cobravam a saída de Sarney da presidência do Senado. "Sou brasileiro, sou patriota, mas eu não sou idiota", gritavam os manifestantes, em sua maioria estudantes de escolas secundaristas e da Universidade de Brasília (UnB). Com as caras pintadas, muitos usando nariz de palhaço, eles carregavam cartazes e faixas com frases de efeito.
Sarney não compareceu ao desfile o Poder Legislativo não esteve representado na parada da Independência. Michel Temer (PMDB-SP), presidente da Câmara, também não apareceu. O Judiciário foi representado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.



