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As duas principais centrais sindicais do país, Força Sindical e Central Única dos Trabalhadores (CUT), vão suspender as atividades dos centros de recolocação profissional. Os sete Centros de Solidariedade da Força estarão fechados a partir da próxima terça-feira, dia 13. Na CUT, o serviço deverá ser interrompido em 15 de outubro. Os 100 funcionários dos cinco centros da CUT receberão aviso prévio na semana que vem. A Central Geral dos Trabalhadores (CGT) deve fazer uma reunião na semana que vem para decidir se fechará também os seus centros de requalificação.

A medida está sendo tomada depois que o Ministério do Trabalho, por determinação do Tribunal de Contas da União, suspendeu o repasse de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para as centrais por causa de suspeita de irregularidade na aplicação do dinheiro. Carlos Alberto Grana, representante da CUT, disse que a suspensão dos recursos aos planos de qualificação profissional prejudica a estrutura dos centros.

- Fica inviável manter a atividade em funcionamento. Os postos coordenados pela CUT atendem, em média, 150 mil trabalhadores desempregados - disse Grana.

O TCU não repassa os recursos de qualificação desde 2002. Em agosto de 2005 foram suspensos também os recursos da intermediação de mão-de-obra. Em três anos (2000, 2001 e 2002), foram repassados R$ 294 milhões à Força, CUT, SDS e CGT, somente para os planos de qualificação. Segundo Grana, as parcelas são pagas de 3 em 3 meses. Ele disse que a CUT não recebeu as últimas três parcelas. Na CUT, serão fechados os centros de Santo André, Guarulhos, Diadema e Jandira.

Entre as suspeitas de fraudes está a duplicação de alunos em um mesmo curso. Os sindicalistas não descartam a possibilidade de fraude, mas alegam em sua defesa que a discrepância de dados sobre o número de alunos pode resultar de falhas no sistema de controle do próprio governo federal. Eles questionam ainda a suspensão de recursos para o programa de recolocação profissional de desempregados. De acordo com os sindicalistas, o programa não apresenta nenhuma suspeita de irregularidades e houve erro de interpretação da Controladoria Geral da União (CGU).

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