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Empresas fornecedoras do governo do Rio ameaçam paralisar os serviços caso a suspensão de pagamentos feita pelo Estado não seja revista na semana que vem. O governador Sérgio Cabral (PMDB) determinou a medida em razão da nova lei, aprovada no Congresso Nacional, que redistribui os royalties do petróleo.

De acordo com o presidente da Associação das Empresas Prestadoras de Serviços do Rio, José de Alencar, representantes das fornecedoras se reúnem na segunda-feira para decidir que medidas serão tomadas. Ele afirma que as empresas foram "pegas desprevenidas".

"As empresas já tinham pago a folha de todos os funcionários. Pegou a gente desprevenido. A gente não está contra o governador. Nós somos parceiros, o Rio está nessa batalha. Mas o governador não pode utilizar a mesma atitude que o Congresso utilizou, de romper contratos", disse Alencar.

Ele afirmou que a associação representa empresas com cerca de 30 mil funcionários terceirizados do Estado.

"Imagina limpeza de hospital, merenda de creche, segurança das escolas... Se deixa de pagar esses funcionários, eles param no mesmo dia", disse o presidente da associação.

Alencar afirmou que entre as hipóteses, caso a suspensão se prolongue, estão paralisação e medidas judiciais contra o Estado. O governo suspendeu os pagamentos sob alegação de que pretende avaliar o impacto da perda de receitas do petróleo. A estimativa inicial da Secretaria de Fazenda é de queda de R$ 1,6 bilhão este ano -o orçamento do Estado é de R$ 72,7 bilhões.

O presidente da associação afirmou ainda que a Secretaria Estadual de Saúde já tem uma dívida de R$ 330 milhões com prestadores de serviço, referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro do ano passado.

A pasta disse que programou o pagamentos de todas as empresas "conforme apresentação de notas de prestação de serviços". A Fazenda informou que o repasse é feito em até dez dias após a programação de desembolso emitida pela secretária responsável pelo gasto.

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