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Operação publicano

Fotógrafo já havia citado os dois pivôs do caso de corrupção na Receita Estadual

A Operação Publicano foi deflagrada em Londrina pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), composto pelo Ministério Público (MP) e pela Polícia Civil. No total, 62 pessoas foram denunciadas, no dia 27 de abril, por participarem do esquema de sonegação de impostos e pagamento de propinas na Receita Estadual. Um grupo de auditores cobrava propina para não fiscalizar ou dar proteção a empresas que sonegavam impostos. O principal alvo é o ex-inspetor-geral de fiscalização da Receita Márcio de Albuquerque Lima.

Luiz Abi Antoun, parente distante do governador, foi alvo de outra Operação do Gaeco, a Voldemort. Ele é investigado por suposta fraude em licitação que resultou na contratação emergencial da oficina Providence Auto Center, que consertava os carros do governo na região de Londrina. Outras seis pessoas foram presas.

Apesar de serem investigações distintas, há pontos em comum entre os dois casos. Em fevereiro, o fotógrafo do governo Marcelo Caramori, preso sob acusação de envolvimento num esquema de exploração sexual de adolescentes, afirmou em depoimento ao MP que há ligação entre os dois personagens. Caramori foi preso junto com auditores da Receita envolvidos em ambos os casos.

Segundo o fotógrafo, Abi seria o grande “caixa financeiro” do governador Beto Richa (PSDB). De acordo com Carmori, Abi se incumbia de “bancar campanhas políticas e arrecadar dinheiro proveniente dos vários órgãos do estado”. Ele disse ainda que Abi teria poder para indicar ocupantes de cargos comissionados “em pontos estratégicos do estado”, como “chefes de fiscalização e das polícias”.

Já Lima, segundo Caramori, “exerceria importante tarefa” no esquema de arrecadação, o que teria justificado sua nomeação para o cargo de Inspetor Geral de Fiscalização da Receita, em junho do ano passado. A responsabilidade pela nomeação seria do próprio governador.

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