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São Paulo (AE) – A CPI dos Correios precisa de paciência, muita paciência - pedem parlamentares de todos os partidos. Esta semana, finalmente, ela parece ter encontrado seu eixo definitivo, depois de tatear, em seu início, premida pela velocidade dos fatos e pela mudança dos seus principais objetivos. "A população tem de ter paciência com a CPI", reclama o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR). "A população não quer pressa", constata a deputada Denise Frossard (PPS-RJ), "quer resultados".

A CPI passou a semana se organizando. Afinou sua sintonia com a Polícia Federal e o Ministério Público, que vão assumir a continuidade das investigações dos casos de corrupção já descobertos. O Tribunal de Contas da União cedeu 100 auditores, que vão mergulhar nos contratos dos Correios. Para fechar o círculo, a Receita Federal está abrindo ações fiscais contra os principais envolvidos. "O elo vai se fechar. Esse conjunto de investigações vai funcionar", aposta Fruet.

Ele dá um exemplo: a Receita manda para a CPI a planilha de tudo o que entrou e saiu numa empresa suspeita; a CPI cruza os dados com a movimentação bancária dessas empresas. "A parte não declarada brota fácil", explica Fruet. Aí é só seguir a trilha do dinheiro até encontrar seus beneficiários. "Isso vai demorar um pouco. Por isso será necessário um pouco de paciência", diz ele.

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