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Última agenda pública de Fruet com Temer ocorreu no dia 19 de fevereiro | Henry Milleo/Gazeta
Última agenda pública de Fruet com Temer ocorreu no dia 19 de fevereiro| Foto: Henry Milleo/Gazeta

O prefeito de Curitiba (PDT) Gustavo Fruet, que se elegeu com o apoio do Partido dos Trabalhadores, comentou, na manhã desta quinta-feira (12), a decisão do Senado Federal de aceitar analisar o pedido de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).

O chefe do Executivo municipal disse que apenas “uma tragédia” trará Dilma de volta ao Palácio do Planalto e mostrou preocupação com o pacote de medidas que o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) deverá lançar mão para ajustar a economia do país.

“Pela votação que houve, é muito pouco provável que agora o Senado não aprove também o impeachment. Sei que tecnicamente tem uma diferença, já que essa votação permitiu a abertura do processo e não significa um compromisso de mérito. Mas o impeachment é também um processo político. Salvo alguma tragédia nos próximos meses, é muito pouco provável que o impeachment não seja aprovado no Senado”, disse Fruet, em coletiva de imprensa concedida durante o lançamento de um pacote de medidas para melhorar o serviço de táxi na cidade.

A aprovação do Senado na manhã desta quinta foi apara a abertura do processo de investigação para confirmar ou não o cometimento de crime de responsabilidade pela presidente Dilma Rousseff. Em um período de 180 dias, ela ficará afastada da presidência até que o Senado julgue o mérito da acusação. Nessa nova votação, serão necessários 54 votos para a aprovação do impeachment de Dilma.

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Gustavo Fruet também analisou o processo de impeachment. “Esse é um momento de impacto para qualquer democracia, o país passou em tão pouco tempo dois processos de impeachment. Uma das consequências disso é que possa gerar uma trégua no debate político. Mas não haverá unanimidade e é difícil haver convergência, pois haverá um embate permanente por parte de quem sai do governo”.

Preocupação

Com parcerias firmadas com a União para obras de infraestrutura, como a Linha Verde Norte, e manutenção de equipamentos públicos, como as Unidades Básicas de Saúde, Fruet mostrou também preocupação com foi ajuste fiscal prometido pela equipe do presidente em exercício Michel Temer.

“Temos uma preocupação em defesa de Curitiba e dos serviços públicos. As medidas anunciadas, até compreensíveis, significam mais cortes. Mais cortes significam interrupção de repasses dos recursos, que já foram reduzidos, para estados e municípios. Então, mesmo que haja uma expectativa de melhora para 2017 e 2018, essas medidas não podem interromper ainda mais o sistema de prestação do serviço público sob pena de entrar em colapso, como já estamos vendo em algumas cidades.”

Histórico

Antes de se filiar ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), Fruet passou pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Nesse último, ele foi colega de Michel Temer – inclusive durante mandatos dos dois no Congresso.

“O Temer é uma pessoa de muito diálogo. Por natureza da personalidade dele, ele não é um politico de enfrentamento. É um político de convergência. Mas essa é uma relação que não se constrói só por vontade e disposição, ela precisa de estrutura e recursos. E neste momento o que se anuncia é o aumento do ajuste fiscal, que significa cortar mais recursos”.

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