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Rio de Janeiro (EFE) – As autoridades do Acre declararam estado de emergência por causa da fumaça gerada pela propagação dos incêndios florestais na Amazônia e que atinge várias áreas no estado, que faz fronteira com o Peru e a Bolívia.

O governo acreano informou ontem que a fumaça provocou uma situação de emergência médica em vários vales do estado, para onde já foram enviados reforços médicos e equipes de bombeiros.

O fenômeno aumentou o número de internações por problemas respiratórios e alterou o trânsito nas estradas e o funcionamento de aeroportos, de acordo com relatórios oficiais.

Espessas nuvens de fumaça dos incêndios florestais estão sendo registradas em vários pontos da Amazônia brasileira e na Bolívia.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou imagens de satélites que mostram 3.390 "focos de calor ativos" (pontos muito quentes normalmente associados a incêndios) na Amazônia.

O número de focos este mês chega a 50.580. Em agosto, quando superaram em 38,98% o número do mesmo mês em 2004, foram registrados 52.847. Entre agosto e setembro, houve 1.819 hospitalizações por problemas respiratórios no Acre. Nos sete primeiros meses do ano, foram 3.207 casos.

"Há um aumento enorme também nas consultas nos hospitais. Apenas em Rio Branco, atendemos 7.309 pessoas com problemas respiratórios nos últimos 45 dias. Trata-se de um aumento de 100% em relação ao total no ano até julho", afirmou Suely Melo, secretária estadual de Saúde.

Combate

O gerente-executivo do Ibama no Acre, Anselmo Forneck, informou que atualmente 400 pessoas, entre bombeiros, policiais e militares, tentam combater os incêndios no estado.

De acordo com o Ibama, a maioria dos incêndios florestais é provocada por pequenos agricultores, que queimam pastos para aumentar suas áreas de cultivo.

O deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) considerou a situação extremamente grave e exigiu a intervenção do governo no combate aos incêndios.

O parlamentar pediu que o presidente Lula se reúna urgentemente com os governadores da região e tome medidas conjuntas para acabar com os incêndios e seus efeitos negativos.

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