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O assessor internacional da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, afirmou ontem que "não há processo de caça às bruxas" no PR por causa das demissões realizadas no Ministério dos Transportes. Para ele, essa interpretação tem por objetivo "tentar desestabilizar a aliança política". "A aliança está muito sólida e não será desestabilizada", afirmou durante entrevista em Lima, onde acompanha a presidente Dilma Rousseff na posse do novo presidente peruano, Ollanta Humala.

Garcia rejeitou também o termo "faxina" para o processo de afastamento das pessoas envolvidas em supostas irregularidades no ministério. "Eu queria corrigir a observação. Não é uma faxina no PR. É uma limpeza que se fez em um ministério, em particular, em função de denúncias concretas. Não é nenhuma ação contra os partidos", disse o assessor, que admitiu que ela poderá se estender a outras legendas, inclusive o PT. "Se houver problemas em qualquer partido ou em particular com o meu partido o PT, esses problemas serão averiguados sob critérios bastante republicanos. Não há problema sobre isso", avisou.

Questionado se o governo não teme que a resposta à faxina venha nas votações no Congresso, Garcia declarou que não crê nessa possibilidade. "Não acredito que venha no Congresso. Até agora todos os partidos têm reagido com muita tranquilidade. Não tenho visto nenhuma manifestação no sentido contrário e acho que os próprios partidos, se têm pessoas que cometem mal feito no seu interior, eles próprios estarão interessados em participar disto que vocês têm chamado de faxina", afirmou.

Diante da insistência dos jornalistas sobre a possibilidade de a presidente promover faxina nos demais ministérios, o assessor revidou aos questionamentos. "Isso é tentar criar um clima de desestabilização. Esta é uma aliança sólida e duradoura. Se houver problemas em qualquer partido, serão investigados".

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