O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), levantará os nomes de parentes de senadores e de servidores que terão de ser demitidos em atendimento à súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) que proíbe o nepotismo nos três Poderes. Uma primeira avaliação aponta 10 senadores patrocinando a contratação de familiares na Casa.
Garibaldi se prontificou a dar o exemplo do que deve ser feito em respeito ao Supremo, ao anunciar que vai exonerar seu sobrinho, Carlos Eduardo Alves. Carlinhos, como é conhecido, exerce no gabinete a função de assessor técnico. Já outros parentes, na maior parte das vezes, não são conhecidos e nem freqüentam o Senado, o que estimula a suspeita de que são fantasmas. Ou seja: eles se limitam a receber o dinheiro público sem trabalhar.
O caso mais notório de nepotismo no Senado é o do primeiro-secretário Efraim de Morais (DEM-PB), "padrinho" na contratação de seis sobrinhos. Efraim disse que vai demiti-los. Outro que terá que fazer uma reforma no quadro de funcionários é o presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), que emprega o filho, Leomar Júnior. Por ora, todos os senadores "patrões" de parentes prometem seguir a súmula do STF.
O mapeamento determinado por Garibaldi vai, ainda, mostrar verdadeiros clãs de parentes de servidores contratados em cargos comissionados do Senado.
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