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"Engano"

Garoto é morto durante simulação da polícia

Outras nove pessoas foram atingidas durante simulação de seqüestro. PM informou que balas de verdade foram usadas "por engano"

O garoto Luís Henrique Dias Burlhões, de 13 anos, morreu na manhã deste sábado (26) após ser atingido na cabeça por um tiro disparado por engano durante uma simulação da Polícia Militar no interior de Mato Grosso.

Luís Henrique chegou a ser levado para o Hospital Regional de Rondonópolis, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Outras nove pessoas atingidas, entre elas seis crianças, foram levadas para o mesmo hospital. Cinco já foram liberadas e quatro continuam internadas.

O boletim médico informou que já foram liberados Lindersan da Conceição, 9 anos; Gislaine Karine Pereira, 11 anos; Franciele Lopes Ferreira, 12 anos; Ellen Karine Mendes da Silva, 13 anos; e Maria Aparecida do Nascimento, 78 anos.

Continuam internados Wilian César Arruda Batista, 10 anos; Jéssica Gonçalves Silva, 9 anos; a professora Purcina Adriano Ferreira, 33 anos; e policial militar Gilberto Carlos, 29 anos.

Outras duas pessoas passaram mal após o acidente e foram encaminhadas para o Hospital Municipal Antônio Santos Muniz, mas já foram liberadas.

O acidente

As pessoas participavam de uma apresentação da Polícia Militar na Escola Municipal Princesa Isabel. A PM simulava o resgate de um seqüestro com refém. Em vez de balas de festim, balas de verdade foram usadas no evento. Segundo a nota divulgada pela PM, a troca pode ter ocorrido "por engano".

Participavam da simulação sete policiais e um tenente, todos integrantes do Grupo de Operações Especiais da Polícia Militar.

Um comandante da Polícia Militar deve prestar esclarecimentos em instantes.

O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), chegou em Rondonópolis, no interior do estado, no início da tarde deste sábado (26). Ao G1, Maggi confirmou que pode ter havido negligência por parte dos policiais e disse que "não foram observados os procedimentos corretos" durante a operação.

Segundo o governador, as armas foram apreendidas para perícia e os policiais envolvidos na operação estão detidos em um quartel para averiguação.

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