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O ânimo renovado de Lula para falar mal das CPIs e bem de seu governo não é gratuito: já existe na praça pesquisa a indicar recuperação do presidente nas intenções de voto para 2006.

Crédito de confiança – Mesmo antes dessa pesquisa, o governo já dispunha de dados animadores. O percentual dos que afirmam confiar no presidente ganha com alguma folga da parcela que diz o contrário.

Argumento moral – Outro dado à disposição do Planalto: mais do que o crescimento da economia, a punição dos envolvidos nas denúncias é apontada como fator determinante para aumentar ou diminuir a confiança do eleitor.

O piloto sumiu – Como nem tudo são flores, o governo também foi informado de que, hoje, é majoritária a parcela a considerar que Lula não tem o controle da situação.

Opção preferencial – Embora não vá palpitar em público sobre a escolha de seu provável parceiro na eleição presidencial de 2006, o PFL está hoje mais para José Serra que para Geraldo Alckmin.

Na contramão – Voz dissonante no coro pefelista pró-Serra, o senador Antônio Carlos Magalhães (BA) espera uma mão do amigo Tasso Jereissati (CE), futuro presidente do PSDB, para desidratar as chances do prefeito paulistano.

Sem seqüelas – O entusiasmo de setores do PMDB com a idéia de transformar o presidente do Supremo, Nelson Jobim, em candidato ao Planalto foi febre que passou.

Espelho meu – Osmar Serraglio (PMDB-PR) avistou num telão Flecha Ribeiro (PSDB-PA) – careca, de óculos e baixinho como ele. "Se não estivesse aqui, diria que sou eu lá", filosofou o relator da CPI.

Dr. Jekyll – José Dirceu, quem diria, bate à porta dos tucanos. Os encontros são solicitados para que o deputado apresente os argumentos de sua defesa e sonde terreno para eventual colaboração.

Mr. Hyde – Enquanto isso, em seu site, Dirceu senta a pua nos tucanos para não perder o costume. "Estão empenhados na minha cassação", protesta o ex-ministro.

Cerco completo – João Paulo Cunha (PT-SP) remeteu aos 512 deputados cópia da defesa que apresentou à Corregedoria da Câmara. Em anexo, uma carta pedindo aos colegas que leiam o calhamaço. Para arrematar, ele insiste com quem encontra nos corredores.

Top ten 1 – Mais refratários à idéia de renúncia do que outros deputados, os petistas de São Paulo sofrem pressão baseada em números: os quatro ameaçados de degola estão na lista dos dez mais votados do partido no estado.

Top ten 2 – No caso de José Dirceu, campeão em 2002, o estrago está feito. Mas João Paulo, Professor Luizinho e José Mentor somaram 512,7 mil votos na eleição daquele ano. Mesmo com o desgaste, a cúpula petista avalia que seriam bons puxadores de voto.

Ponto morto 1 – Na sexta-feira, representantes do Campo Majoritário tentavam convencer a família Tatto a utilizar sua força máxima na boca-de-urna a favor de Ricardo Berzoini hoje na eleição do PT.

Ponto morto 2 – Apesar do apoio declarado a Berzoini no 2.º turno, os Tatto relutavam em arregaçar as mangas. A família controla cerca de 15% da militância paulistana.

Tiroteio

Do deputado Chico Alencar (RJ), ex-petista hoje no PSOL, sobre o líder da bancada tucana, Alberto Goldman, (SP), segundo quem a renúncia dos parlamentares na fila da cassação seria "benéfica" para o país:

– Se a oposição pensa dessa maneira, não espanta que estejamos caminhando para a pizza. É o aval do PSDB ao que todos sabemos ser um escândalo, a legitimação da malandragem.

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