
Laudo médico encomendado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) diz que o ex-presidente do PT e deputado federal José Genoino precisa de tratamento, mas não tem uma doença grave no coração que torne imprescindível que ele cumpra a pena de prisão em casa. O parecer da junta médica foi enviado ontem ao presidente do STF, Joaquim Barbosa. Com o laudo ele irá avaliar o pedido feito pela defesa do deputado licenciado para que a pena de prisão seja cumprida em casa, e não no regime semiaberto no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.
Os cinco cardiologistas que examinaram Genoino, condenado no processo do mensalão, indicaram que o petista precisa ser tratado por meio de remédios de pressão, de uma dieta com pouco sal e da prática regular de exercícios físicos. Segundo os médicos, o petista também deve evitar "fatores psicológicos estressantes". Mas, de acordo com o laudo, para que esse tratamento ocorra, não é "imprescindível" a "permanência domiciliar fixa do paciente".
Noutro trecho, o relatório diz que os recentes problemas de saúde que Genoino apresentou, após ser preso, se devem a causas psicossomáticas: "[Genoino passou a] vivenciar circunstância de intenso estresse emocional" e, desde então, "vem apresentando um conjunto de manifestações clínicas sintomáticas, de forte componente psicossomático".
Aposentadoria
Empenhada em tentar garantir a aposentadoria de Genoino na Câmara dos Deputados antes que a cassação do petista seja votada no plenário, a bancada do PT trabalha uma nova manobra para adiar a reunião da cúpula da Casa que vai discutir a abertura do processo de cassação de Genoino.
O encontro está marcado para amanhã, mas a ideia dos petistas é jogar a reunião para a próxima semana. A estratégia é forçar o cancelamento da sessão ordinária de quinta-feira. A Casa só realizaria sessão extraordinária, que não entra na contagem do prazo de vista sobre o processo de cassação de Genoino, feito na semana passada pelo deputado André Vargas (PT-PR).
STF "montou" o mensalão, diz Pizzolato em vídeo
Agência Estado
Em vídeo divulgado na internet, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato critica o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e outros ministros da Corte, que o condenaram no processo do mensalão. Na gravação, em evento em que se defendeu diante de uma plateia de petistas, Pizzolato afirma que a acusação foi montada com participação de ministros do STF para atingir o PT. Emocionado, pede que o partido repudie as acusações de desvio de dinheiro público. No vídeo, ele aparece ao lado do ex-presidente do PT José Genoino e do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT), também condenados no mensalão.
"O PT não pode assumir essa culpa. Assumir essa culpa é manchar o nome do PT com algo que não merecemos", diz Pizzolato, aplaudido e ovacionado pelos presentes. Há cerca de um mês, Pizzolato deixou secretamente o Brasil para evitar ser preso e se escondeu na Itália.



