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Dirceu tem direito a trabalhar de dia e a só dormir na cadeia | J. Freitas/ABr
Dirceu tem direito a trabalhar de dia e a só dormir na cadeia| Foto: J. Freitas/ABr

Emprego

José Dirceu vai receber R$ 20 mil como gerente administrativo de hotel

Agência Estado

O ex-ministro José Dirceu receberá R$ 20 mil por mês como gerente administrativo do Hotel Saint Peter, um quatro estrelas de Brasília, caso receba autorização da Justiça para trabalhar fora do presídio, conforme pediu a defesa do petista. O horário de expediente é de 8h a 17h, tendo um horário de intervalo para almoço. Como foi condenado a regime semiaberto no processo do mensalão, Dirceu tem direito de trabalhar durante o dia e de só dormir na cadeia.

O contrato de trabalho "a título de experiência" foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal. Os termos, já assinados pelos responsáveis pelo hotel, admitem que Dirceu pode ser transferido para outro serviço "no qual demonstre melhor capacidade de adaptação desde que compatível com sua condição pessoal".

Na ficha cadastral em que pediu o emprego, assinada no dia 18 deste mês, Dirceu informa que se candidatou à vaga por "necessidade e por apreciar hotelaria e a área administrativa". Informou ainda ser católico e que, nas horas vagas, gosta de "ler, assistir a filmes, viajar".

O Hotel Saint Peter pertence à empresa Truston International Inc, que dispõe de R$ 499.999,00 das cotas do capital social, e a Paulo Masci de Abreu, que tem apenas R$ 1,00. A Truston International está sediada na Cidade do Panamá. Abreu é advogado e empresário.

Super-gerente

Responsável pela assinatura do contrato de trabalho do ex-ministro José Dirceu, a gerente-geral do hotel, Valéria Rodrigues Linhares, recebia R$ 1,8 mil em agosto do ano passado. O valor contrasta com os R$ 20 mil que Dirceu receberá, caso seja autorizado a trabalhar como gerente administrativo do hotel.

Laudo médico encomendado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) diz que o ­­ex-presidente do PT e deputado federal José Genoino precisa de tratamento, mas não tem uma doença grave no coração que torne imprescindível que ele cumpra a pena de prisão em casa. O parecer da junta médica foi enviado ontem ao presidente do STF, Joaquim Barbosa. Com o laudo ele irá avaliar o pedido feito pela defesa do deputado licenciado para que a pena de prisão seja cumprida em casa, e não no regime semiaberto no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.

Os cinco cardiologistas que examinaram Genoino, condenado no processo do mensalão, indicaram que o petista precisa ser tratado por meio de remédios de pressão, de uma dieta com pouco sal e da prática regular de exercícios físicos. Segundo os médicos, o petista também deve evitar "fatores psicológicos estressantes". Mas, de acordo com o laudo, para que esse tratamento ocorra, não é "imprescindível" a "permanência domiciliar fixa do paciente".

Noutro trecho, o relatório diz que os recentes problemas de saúde que Genoino apresentou, após ser preso, se devem a causas psicossomáticas: "[Genoino passou a] vivenciar circunstância de intenso estresse emocional" e, desde então, "vem apresentando um conjunto de manifestações clínicas sintomáticas, de forte componente psicossomático".

Aposentadoria

Empenhada em tentar garantir a aposentadoria de Genoino na Câmara dos Deputados antes que a cassação do petista seja votada no plenário, a bancada do PT trabalha uma nova manobra para adiar a reunião da cúpula da Casa que vai discutir a abertura do processo de cassação de Genoino.

O encontro está marcado para amanhã, mas a ideia dos petistas é jogar a reunião para a próxima semana. A estratégia é forçar o cancelamento da sessão ordinária de quin­­ta-feira. A Casa só realizaria sessão extraordinária, que não entra na contagem do prazo de vista sobre o processo de cassação de Genoino, feito na semana passada pelo deputado André Vargas (PT-PR).

STF "montou" o mensalão, diz Pizzolato em vídeo

Agência Estado

Em vídeo divulgado na internet, o ex-diretor de ­­marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato critica o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e outros ministros da Corte, que o condenaram no processo do mensalão. Na gravação, em evento em que se defendeu diante de uma plateia de petistas, Pizzolato afirma que a acusação foi montada com participação de ministros do STF para atingir o PT. Emocionado, pede que o partido repudie as acusações de desvio de dinheiro público. No vídeo, ele aparece ao lado do ex-presidente do PT José Genoino e do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT), também condenados no mensalão.

"O PT não pode assumir essa culpa. Assumir essa culpa é manchar o nome do PT com algo que não merecemos", diz Pizzolato, aplaudido e ovacionado pelos presentes. Há cerca de um mês, Pizzolato deixou secretamente o Brasil para evitar ser preso e se escondeu na Itália.

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