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Maggi: ex-governador nega participação em esquema ilegal | Marcos Oliveira/Agência Senado
Maggi: ex-governador nega participação em esquema ilegal| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A gestão do senador Blairo Maggi (PR) no governo de Mato Grosso (2003-2010) fez pagamentos milionários a empresas suspeitas de abastecer um esquema de caixa dois no estado.

Blairo Maggi é um dos investigados pela Operação Ararath, da Polícia Federal (PF). A PF solicitou buscas na casa, no escritório e na sede das empresas de Maggi, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) negou. Houve buscas na casa do governador Silval Barbosa (PMDB), que chegou a ser detido por posse ilegal de arma.

O principal delator do suposto esquema é o empresário Gércio Mendonça Jr., que presta informações em regime de delação premiada. A Amazônia Petróleo (rede de postos de combustíveis) e a Globo Fomento (factoring), empresas de Mendonça Jr., são apontadas pela PF como uma espécie de "banco clandestino", que desde a gestão Blairo teria recebido empréstimos privados fraudulentos e recursos desviados de cofres públicos do Mato Grosso.

Mendonça Jr., por exemplo, afirma que a Globo Fomento recebeu em 2008 um depósito de R$ 2 milhões da Lince Construtora e Incorporadora, de Cuiabá. Disse que o depósito foi feito "a mando de terceiro", não sabendo dizer se do grupo de Éder Moraes (PMDB) – ex-secretário da Fazenda no governo de Blairo Maggi e da Copa na gestão Barbosa – ou se do grupo do presidente afastado da Assembleia de MT, José Riva (PSD). O empresário disse nunca ter mantido relação comercial com a Lince e que, por isso, o dinheiro só poderia ter sido depositado por razões políticas.

A assessoria de Blairo Maggi negou qualquer envolvimento do senador com o suposto esquema. Disse ainda que Blairo nunca manteve relacionamento com Mendonça Jr., e que o recebeu apenas uma vez em 2009, na sede do grupo Amaggi, quando o empresário foi levado por seu avô, um ex-conselheiro do Tribunal de Contas.

Mendonça Jr. diz que emprestou R$ 4 milhões a Blairo – o dinheiro seria usado para "comprar" uma vaga no Tribunal de Contas do Estado, e afirma que esse encontro teria sido para cobrar a dívida. A assessoria de Blairo reconhece o encontro e diz que o então governador expulsou o empresário da sala.

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