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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, mesmo em viagem à Alemanha, conversou com integrantes do governo federal e pediu providências urgentes contra os responsáveis pela realização de escutas telefônicas na Corte. No fim de semana, tornou-se pública uma gravação em que o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, comandante da Operação Satiagraha, admite ter realizado um "trabalho de inteligência" no Supremo. O STF interpretou a declaração do delegado como mais um forte indício de que o Supremo foi grampeado pela PF.

Interlocutores de Mendes informaram que ele conversou, por telefone, com os ministros da Justiça, Tarso Genro, e do Gabinete de Segurança Institucional, Jorge Félix. Mendes também falou com o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa. O pedido foi de urgência nas investigações.

Para pessoas próximas ao presidente do STF, não há dúvidas sobre o fato de ter ocorrido grampo telefônico no tribunal. Segundo interlocutores, o ministro disse que não há hipótese de a espionagem ter sido apenas um alarme improcedente. Na opinião de Mendes, de acordo com fontes próximas a ele, mais informações sobre o assunto virão à tona.

O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) vai encaminhar hoje ao STF uma cópia da fita da reunião realizada na sede da Polícia Federal na qual Protógenes diz ter investigado o STF. Jungmann teve acesso à gravação na semana passada.

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