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Gleisi Hoffmann (PT) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) discutem com Renan Calheiros (PMDB-AL) em sessão tensa do Senado | Jefferson Rudy/Agência Senado
Gleisi Hoffmann (PT) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) discutem com Renan Calheiros (PMDB-AL) em sessão tensa do Senado| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O clima de tensão que acompanha a tramitação do processo de impeachment teve mais um capítulo em plenário: uma discussão entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). A confusão começou logo depois de Renan anunciar que levaria o processo adiante, passando por cima da decisão de Waldir Maranhão (PP-MA). O presidente do Senado incomodou-se com os gritos de protesto.

“Por favor, não gritem, não gritem, não gritem, não gritem, não gritem. Isso foi um erro de avaliação. A democracia não se faz com gritos”, disse Renan.

“Nós levantamos a nulidade na Comissão”, insistiu Gleisi, fora do microfone, sendo acompanhada por um grupo de senadores governistas que, em pé, na frente da Mesa Diretora, se revoltaram com a decisão de Renan.

“Vou suspender a sessão por dois minutos, para que Vossas Excelências gritem em paz. Está suspensa a sessão por dois minutos”, determinou Renan.

Ao retomar a sessão, o presidente do Senado defendeu a pacificação dos ânimos. “Quando todos brigam, todos perdem”, disse.

“Quero falar que aqui não tem destempero e nem histerismo”, rebateu Gleisi.

Vanessa também reclamou do tratamento recebido. Na sequência, Renan permitiu que todos falassem da tribuna. Repetindo seguidas vezes que estava numa posição desconfortável por ter que conduzir o processo de Dilma, tentou acalmar os ânimos:

“O meu pai, que era um grande relações públicas, mas um homem que não teve a oportunidade de estudar, me ensinava sempre que o segredo da vida é comer pouco, dormir muito e não brigar com mulher”.

Enquanto a sessão estava suspensa, houve confusão na entrada do plenário. Seguranças impediram a imprensa de entrar no local, sob o argumento que ele estava cheio.

Depois do dia tenso, Renan deixava a Casa com o senador Edison Lobão quando foi perguntado sobre os conflitos. “Fazem parte do aprendizado democrático”.

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