Rio (Folhapress) Em depoimento realizado ontem, o goleiro Júlio César teve a oportunidade de explicar seu suposto envolvimento com o chefão das drogas da Rocinha, Erismar Rodrigues Moreira, o Bem-Te-Vi. Acompanhado do pai, Jenis Honorato Espíndola, que é advogado e delegado federal aposentado, Júlio César explicou para a polícia, durante duas horas, que conheceu Bem-Te-Vi há um ano durante um jogo beneficente para crianças carentes da Rocinha. Mas negou amizade ou outros vínculos com o traficante. "Agora, que expliquei tudo à polícia, estou aliviado", afirmou o goleiro.
"Ficou clara a intenção do traficante de usar jogadores para atrair pessoas para consumir drogas no local. O Júlio César disse que o jogo para as crianças foi à noite e isso é uma prova de que o Bem-Te-Vi não está interessado nas crianças, mas em vender drogas. Quanto ao Júlio César, estou convencida de que ele não tem vínculos com o tráfico de drogas", disse a inspetora Marina Maggessi, responsável pela investigação sobre o tráfico na Rocinha.
O técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira, afirmou ontem não ter preocupação com o suposto envolvimento de Ronaldo e Júlio Cesar com o tráfico de drogas. "Futebol é uma coisa e isso aí é outro detalhe. A gente não quer se envolver nisso. A gente conhece os jogadores temos confiança neles", afirmou Parreira.
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