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Velório do prefeito de Rio Branco do Sul reuniu centenas de pessoas na região rural da cidade | Valterci Santos/ Gazeta do Povo
Velório do prefeito de Rio Branco do Sul reuniu centenas de pessoas na região rural da cidade| Foto: Valterci Santos/ Gazeta do Povo

Um dos suspeitos de ter participado do assassinato do prefeito de Rio Branco do Sul, Adel Rutz (PP), teria sido preso no fim da tarde de ontem. A informação foi divulgada pelo governador Roberto Requião no início da noite por meio do Twitter, mas até as 21 horas a prisão não havia sido confirmada pela Secretaria de Segurança do Paraná. Entre 17h30 e 19 horas de ontem, pelo menos três viaturas do Cope e da Rone –grupos de operações especiais da Polícia Civil e Polícia Militar, respectivamente – foram vistas a caminho de Rio Branco do Sul.

Rutz, 36 anos, foi morto por volta das 20 horas de segunda-feira, em uma das principais ruas da cidade, que fica na região metropolitana de Curitiba. De acordo com testemunhas, uma moto cercou o prefeito, que levou cinco tiros. Um carro estaria nas proximidades, dando cobertura. De acordo com o secretário de Segurança, Luiz Fernando Delaza­­­ri, a possibilidade de o crime ter sido por motivação política é muito pequena. "Não descartamos nenhuma linha de investigação, mas nada que indique crime político. Estamos entristecidos, mas já tomamos todas as medidas policiais", declarou Delazari em entrevista ao telejornal ParanáTV.

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O enterro de Rutz está marcado para as 8 horas de hoje, no cemitério São Vicente, na zona rural de Rio Branco do Sul. O local é próximo do distrito de Açangui, onde o corpo foi velado durante a tarde de ontem. Foi nessa comunidade em que o prefeito nasceu e iniciou a vida política – foi eleito vereador em 2004 e, em 2008, venceu a disputa pela prefeitura da cidade com 65% dos votos válidos.

O velório reuniu centenas de pessoas na residência de Rutz no Açangui. Segundo integrantes do Executivo e do Legislativo municipal, a casa estava sempre aberta para receber a comunidade. On­­­tem não foi diferente. Centenas de pessoas passaram pelo local. Muitos descreviam Rutz como "um homem do povo" e "muito humilde" .

"A gente tinha bastante esperança nele. E agora que as coisas iam começar a andar, porque ano passado ele só pagou dívidas", disse Edith Nóbrega dos Santos, dona de casa que mora há 20 anos na cidade.

A família de Rutz evitou dar declarações. Ele deixou dois filhos, um de 5 e um de 15, fruto do casamento com Josiane Portes Rutz, da qual estava separado há duas semanas. O sobrinho do prefeito, Fábio Techy, que é secretário de Finanças, estava consternado, mas fez comentários sobre a situação do município. Segundo ele, Rutz assumiu a prefeitura com rombo no caixa e muitos salários atrasados, mas a expectativa era de que esse ano seria melhor. No dia em que morreu, Rutz esteve em Curitiba para tratar da liberação de R$ 2,4 milhões do governo do estado para aquisição de ônibus e ambulâncias.

Luto

Ontem pela manhã, o vice-prefeito Emerson Strasser (PMDB) assumiu a prefeitura. Seu primeiro ato foi decretar luto oficial no município, por três dias.

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