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Após a pré-candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, ter dito ser possível uma dobradinha entre PT e PSDB na preferência do eleitorado em Minas Gerais, o governador do estado, Antonio Anastasia (PSDB), disse que o partido vai marchar firme para eleger José Serra presidente.

Na véspera, Dilma afirmou ver a possibilidade de que ocorra novamente em Minas um fenômeno como o "Lulécio" - voto simultâneo em Lula para presidente e Aécio para governador, que marcou as eleições de 2006 no estado - no caso, a predileção do eleitorado mineiro por ela no plano presidencial e por Anastasia na sucessão estadual. Nesse caso, o fenômeno seria "Anastadilma". "Eu não posso dizer o que vai acontecer, mas é possível."

Nesta quinta (8), o governador mineiro agradeceu os elogios da petista que, segundo ele, geram satisfação e orgulho porque significam o reconhecimento das realizações do governo, mas foi claro: "Com referência à questão eleitoral, quero reiterar e lembrar que o nosso partido tem candidato à Presidência da República e ele é José Serra. E por ele, nós mineiros, vamos trabalhar firme, e temos certeza que ele terá uma situação eleitoral muito favorável em nosso estado".

"Governador exemplar"

Na quarta, Dilma chamou Aécio Neves (PSDB), que deixou o governo do estado na semana passada para concorrer a uma vaga no Senado, de "governador exemplar". Em 2002 e em 2006, quando Aécio foi eleito governador e Lula foi o candidato à Presidência mais votado no estado, se falava no voto "Lulécio". Na avaliação dos tucanos, o cenário nesta eleição é bastante diferente das anteriores.

Segundo esse entendimento, se poderia parecer, no passado, haver interesse de Aécio em colar na popularidade de Lula para ajudar na sua eleição, esse quadro não se repete mais e não há interesse em ligar a imagem de Aécio ou de Anastasia à candidata petista.

Anastasia evitou comentar se a intenção da petista foi pegar carona na popularidade do governo tucano no estado. Ele disse, no entanto, que a avaliação positiva é resultado da administração tucana.

"Esse crédito e esse patrimônio, é um patrimônio do nosso partido, do PSDB, e dos partidos aliados, que compõem a nossa base política em Minas, que engloba outros partidos", afirmou.

O herdeiro desse patrimônio, disse Anastasia, será Serra. "Temos aí uma identidade de princípios, temos uma identidade de modelo, temos uma identidade partidária, uma identidade do modo de trabalho. Então eu acho que, de fato, os mineiros vão receber sempre com muita aceitação a candidatura do governador José Serra", disse.

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