R$ 180 mil será a economia anual para os cofres públicos com a manutenção dos salários do governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, e do vice, José Paulo Cairoli. Segundo técnicos, o estado deve ter um déficit de R$ 5 bilhões neste ano.
Os governadores do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), e da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), suspenderam ontem os reajustes de seus próprios salários. Coutinho também suspendeu os aumentos de todos os integrantes do governo. Já no Rio Grande do Sul, foi cancelado o reajuste salarial do vice-governador, José Paulo Cairoli (PSD).
O reajuste no Rio Grande do Sul gerou forte reação entre oposição, entidades e sindicatos, que apontaram uma incoerência no discurso do governador. Sartori vem pregando a necessidade de cortar gastos desde a campanha eleitoral e, nos primeiros dias de mandato, assinou um decreto que prevê a suspensão de concursos públicos, a limitação de despesas com diárias e viagens e a possibilidade de atrasar o pagamento de fornecedores e prestadores de serviços.
"Sou uma pessoa como qualquer outra e acho que quem mais erra é quem às vezes não tem humildade de eventualmente voltar atrás", afirmou o governador gaúcho. Ele ressaltou que os aumentos de secretários, deputados e membros do Judiciário (também sancionados na última sexta-feira) estão mantidos. O estado deve economizar cerca de R$ 180 mil por ano mantendo o salário atual do governador e do vice, montante irrisório para combater a crise financeira. Técnicos estimam um déficit de mais de R$ 5 bilhões para este ano.
Na Paraíba, o aumento, de 26,33%, foi aprovado pela Assembleia Legislativa em dezembro de 2014. Coutinho anunciou também a redução no teto das diárias dos servidores, que antes era de dez diárias por mês e hoje passa a ser de quatro diárias a cada 30 dias.
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