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Depois de mais de quatro horas de reunião, parte do PMDB decidiu ontem, em Florianópolis, declarar apoio à governabilidade e ajudar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional. Mesmo com a reunião resumida a três governadores eleitos, não havia consenso sobre a pauta. Enquanto André Puccinelli, governador do Mato Grosso do Sul, defendia uma agenda de renegociação das dívidas dos estados, Roberto Requião, pró-coalizão, propunha o apoio do PMDB ao governo Lula, mas com mudança na política econômica.

Dos três participantes, apenas o governador do Paraná apoiou Lula na campanha à reeleição – e só anunciou o apoio a uma semana da eleição de segundo turno. Luiz Henrique e Puccinelli atrelaram suas campanhas às do candidato tucano Geraldo Alckmin.

Tido como um dos escolhidos pelo presidente Lula para articular a aliança com o PMDB, Roberto Requião pediu aos outros governadores que tenham envolvimento na proposição de sugestões concretas para um melhor andamento do governo federal. "Vamos estudar a situação econômica e financeira do Brasil, dos estados e dos municípios e apresentar sugestões para o presidente Lula", afirmou Requião.

Numa nota redigida às pressas pelo governador eleito de Santa Catarina, Luiz Henrique, e corrigida pelo governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (não-reeleito), os peemedebistas fizeram um texto em que procuram, ao mesmo tempo, mostrar que ficarão ao lado de Lula, mas que vão fazer algumas exigências.

De acordo com os presentes, o PMDB quer dar apoio à governabilidade em troca de crescimento econômico, reforma política e tributária já no ano que vem, um novo pacto federativo que inclua, por exemplo, a renegociação das dívidas dos governos estaduais com a União e maior distribuição de renda.

Comitiva

Acompanham o governador do Paraná na viagem a Florianópolis o procurador-geral do estado, Sérgio Botto de Lacerda, e o secretário da Fazenda, Heron Arzua. Segundo informações do governo, os dois viajaram com Requião para discutir assuntos relevantes ao Paraná.

Além de Requião e do anfitrião Luiz Henrique, governador eleito de Santa Catarina, participaram do encontro o atual governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto; o de Santa Catarina, Eduardo Moreira, e o presidente nacional do PMDB, deputado federal Michel Temer, que apoiou o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) nas eleições. Os governadores eleitos Paulo Hartung (ES), Sérgio Cabral (ES), Marcelo Miranda (TO) e Eduardo Braga (AM) foram convidados, mas não foram à reunião.

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