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Chefes de governos estaduais foram até São Paulo para falar com ex-presidente | Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Chefes de governos estaduais foram até São Paulo para falar com ex-presidente| Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Mobilização

Gilberto Carvalho explica pedido a petistas de ato nas ruas

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, respondeu ontem aos ataques por causa da divulgação do vídeo que ele gravou para o PT. Nesse vídeo, ele conclamava a militância petista para ir às ruas após as festas de fim de ano para defender o partido e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Quando eu disse que no ano que vem o bicho vai pegar, é porque é um ano de muito trabalho, já que é o terceiro ano de governo (de Dilma Rousseff), que é um ano nobre para o governo, é um ano que se prepara para as eleições de 2014. Então, aquilo é uma mobilização, uma concentração da militância", desabafou, dizendo que falava como militante do partido e representante do partido no governo. No vídeo gravado para o PT no último fim de semana, Carvalho classificou como "ataques sem limites" as acusações contra o ex-presidente Lula.

Durou quase três horas o encontro em São Paulo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com oito governadores que foram "prestar solidariedade" ao ex-presidente na tarde de ontem. A iniciativa ocorre após reportagem sobre depoimento do empresário Marcos Valério no qual ele declara que Lula teria sido beneficiado pelo esquema mensalão com pagamento de contas pessoais.

Uma das ausências do encontro foi a do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que alegou não poder faltar à diplomação do prefeito eleito do Recife, Geraldo Julio (PSB). Omar Aziz (PSD-AM), Wilson Martins (PSB-PI) e André Puccinelli (PMDB-MS) também faltaram. "Viemos dizer para ele que estamos indignados com essa coisa (denúncia de Marcos Valério), que isso não é respeitoso para com a figura do ex-presidente e com a memória do Brasil", relatou o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), garantindo que durante a conversa não foi aprofundada a questão do julgamento do mensalão.

Participaram do encontro, além de Cid, Tião Viana (PT-AC), Camilo Capiberibe (PSB-AP), Jaques Wagner (PT-BA), Sérgio Cabral (PMDB-RJ), Silval Barbosa (PMDB-MT), Agnelo Queiroz (PT-DF) e Teotônio Vilela Filho (PSDB- AL). Esse último foi um dos porta-vozes do grupo no final da reunião.

O governador tucano fez questão de dizer no final do encontro que foi prestar solidariedade ao ex-presidente por ser um velho amigo de Lula. Aos jornalistas, Teotônio Vilela Filho disse que, apesar de ser de um partido de oposição, ficou à vontade no encontro porque estava "entre companheiros". "Sou amigo pessoal do (ex) presidente Lula e o estado de Alagoas é muito grato à postura republicana, solidária e parceira que o presidente Lula teve para com o estado", justificou. O governador tucano disse que figuras prestigiadas internacionalmente como Lula e FHC "precisam ser preservadas".

Segundo Cid Gomes, durante o encontro os governadores também falaram sobre reforma e valorização da política, além do tema mais quentes no Congresso Nacional como a distribuição dos royalties do petróleo. Segundo relatos dos governadores, Lula defendeu o diálogo entre os estados produtores e não produtores de petróleo e a busca de um consenso. "O presidente sempre pregou o diálogo, mas às vezes se tem de radicalizar para encontrar um caminho para o meio termo", afirmou Cid Gomes.

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