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A base aliada vai ocupar a maioria das vagas na CPI mista criada nesta quarta-feira (21) para investigar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). De acordo com a composição partidária, entre as 36 vagas de titular da CPI, 23 ficarão com partidos que apoiam o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Os líderes serão oficiados na tarde desta quinta-feira (22) e terão um prazo de cinco sessões para realizar as indicações dos membros.

A vantagem é maior entre os deputados. Das 18 vagas de titular na Câmara, 12 ficarão com partidos da base aliada. Nove vagas ficarão com o bloco capitaneado por PT e PMDB, duas serão do chamado "bloquinho", que tem PSB, PDT, PCdoB, PMN e PAN e uma será do PV, que apesar da pré-candidatura da senadora Marina Silva (AC) continua na base de apoio.

O MST poderá contar também com o reforço do PSOL. Apesar de o partido fazer oposição ao governo federal, a legenda é simpática ao movimento e deverá apoiar uma possível "blindagem". O bloco de PSDB, DEM e PPS terá apenas cinco vagas de titular para deputados.

No Senado, a força da oposição é um pouco maior. São seis vagas para o bloco formado por PSDB e DEM. O PSC também terá uma vaga. Único senador do partido, Mão Santa (PI), deverá marchar com a oposição neste tema.

A base aliada poderá indicar 11 senadores como titulares. São quatro vagas para o PMDB, quatro vagas para o bloco liderado pelo PT, duas para o PTB e uma para o PDT.

Como a investigação é mista, não há a separação entre as casas. Por isso, os governistas terão 23 vagas no total, contra 11 de PSDB, DEM e PPS. Com a expectativa sobre Mão Santa e PSOL, a tendência é que os aliados do MST possam ter 24 votos contra 12 dos opositores.

A oposição, no entanto, espera conseguir apoios dentro dos partidos da base aliada. Eles contam que a força da bancada ruralista pressione líderes aliados a indicarem para a comissão parlamentares ligados à causa.

Um dos idealizadores da investigação, o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), afirma que a CPI é "suprapartidária". "A CPMI não é da oposição. O número de assinaturas que conseguimos mostra que será uma comissão suprapartidária. O Brasil está cansado das ações ilegais do MST".

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