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No esforço para tentar dar publicidade aos atos da presidente Dilma Rousseff e de outros ministros, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) começou nesta quarta-feira (19) a divulgar um resumo dos compromissos não só da presidente, mas de outras autoridades.

O chamado “Briefing Diário” busca propagandear atos do governo no momento em que o Planalto se mobiliza para tentar sair da paralisia em que chegou após o agravamento da crise política e econômica.

Um dos materiais de propaganda do governo federal.

O movimento começou na semana passada, com a atração do PMDB do Senado e de empresários, e continuou com a divulgação de medidas para o setor industrial e reuniões atípicas com aliados antes considerados laterais.

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Nos últimos três dias, a presidente viu surgir em sua agenda 12 compromissos, alguns inclusive fora da programação oficial, como uma aparição rápida – e de surpresa – na casa do deputado Rogério Rosso (PSD-DF), nesta terça-feira (18), para comemorar o aniversário do ministro Gilberto Kassab (Cidades).

Na segunda-feira (17), a petista ofereceu um jantar no Palácio do Alvorada a dez deputados vice-líderes de partidos aliados ao governo na Câmara, em mais uma aceno ao Legislativo. O gesto, assim como a presença na casa de Rosso, foi um esforço de Dilma para se aproximar da base, movimento pouco comum durante todo o seu primeiro mandato.

Com popularidade baixíssima – apenas 8% da população aprovam seu governo, segundo pesquisa Datafolha, Dilma iniciou uma maratona que, só nesta quarta, contará com seis compromissos, todos listados em uma espécie de “resumo do dia do governo”, entregues a jornalistas pela manhã.

Até esta terça, a Secom costumava distribuir apenas a agenda da presidente, mas agora a lista é acompanhada dos eventos e entrevistas que acontecerão ao longo do dia em outros ministérios, junto com uma pequena explicação sobre cada um deles.

A avaliação do Palácio do Planalto é que centralizar a divulgação das agendas importantes do dia pode facilitar o acesso da imprensa às ações positivas do governo, que antes ficavam “descentralizadas” nos ministérios.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um dos principais entusiastas dessa mudança de postura da presidente e, consequentemente, de sua equipe.

Na última reunião que tiveram juntos, no sábado (15) na Granja do Torto, o petista repetiu que Dilma precisa “sair do gabinete”, “viajar”, “entregar obras” e “mostrar o que o governo está fazendo”.

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