O Ministério das Relações Exteriores informou que o governo brasileiro condena de forma veemente o sequestro do presidente de Honduras, Manuel Zelaya, retirado neste domingo (28) da residência oficial força por militares e levado para a Costa Rica.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue acompanhando a situação por meio de contatos com outros chefes de Estado do continente e de informações repassadas pelo ministro Celso Amorim.
"O governo brasileiro condena de forma veemente a ação militar que resultou na retirada do presidente de Honduras, José Manuel Zelaya, do Palácio Presidencial em Tegucigalpa no dia de hoje e sua condução para fora do país", diz a nota.
O Itamaraty afirma que ações militares com a de hoje em Honduras atentam contra a democracia e não condizem com o estágio de desenvolvimento político da América Latina.
Eventuais questões de ordem constitucional devem ser resolvidas de forma pacífica, pelo diálogo e no marco da institucionalidade democrática. O governo brasileiro solidariza-se com o povo hondurenho e conclama a que o presidente Zelaya seja imediata e incondicionalmente reposto em suas funções, de acordo com o texto.
Zelaya foi sequestrado horas antes de Honduras iniciar uma consulta pública para reformar a Constituição, o que daria ao presidente a possibilidade de reeleição. A consulta foi considerada ilegal pelo Parlamento e pela Suprema Corte do país.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) está reunida em Washingotn em caráter extraordinário para analisar a crise em Honduras.
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