• Carregando...

O governo iniciou nesta quarta-feira (4) um diálogo com a bancada ruralista, para tentar chegar pelo menos a um acordo de procedimentos para votar o Código Florestal. Em reuniões separadas com os líderes do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), e na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), Dilma os orientou a dizer à bancada ruralista que vai reeditar o decreto que suspende multas a proprietários rurais que desmataram ilegalmente e que vencerá no dia 11.

"Certamente, se houver necessidade de prorrogar para facilitar o processo de diálogo, negociação e de entendimento - e eu reitero a nossa posição em relação ao texto do Senado e à posição de não ter anistia para desmatador e um código que não leva a novos desmatamentos, mas que também assegure ter a segurança jurídica do produtor rural - obviamente, o governo terá sensibilidade, a gente irá propor a prorrogação como foi feito no passado para viabilizar o processo de debate", comunicou a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente), logo depois de se encontrar com a presidente Dilma, no Palácio do Planalto.

De acordo com informações de bastidores do governo, há hoje a informação de que a bancada ruralista conseguirá derrotar a orientação do Planalto, de evitar a anistia e de tirar do texto do Código Florestal a parte que determina o reflorestamento de áreas desmatadas próximas aos rios e córregos. Então, Dilma disse aos líderes que eles devem negociar com os ruralistas um procedimento de votação. Nesse acordo, a Câmara aprovaria o projeto do Senado, apoiado pelo governo.

Os ruralistas poderiam fazer dois ou três destaques nos pontos que querem mudar. Nessa hora, haveria o enfrentamento. Mas, com a aprovação do texto-base do Senado, o País teria o seu Código, uma garantia de segurança jurídica para os produtores rurais e uma forma de tirar mais de 1 milhão deles da ilegalidade. E os ruralistas poderiam ir para as campanhas eleitorais nos municípios dizer que votaram o Código Florestal do jeito que seus eleitores queriam. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]