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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Depois de admitir um crescimento de 77% no número de servidores públicos estaduais nos últimos quatro anos, o governo Requião pretende criar mais cargos. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembléia Legislativa aprovou ontem parecer favorável a duas mensagens do governo pedindo autorização para a contratação de 200 policiais militares para a patrulha escolar comunitária e outros 95 policiais para a criação da Companhia Independente Portuária, em Paranaguá.

O projeto que destina policiais para cuidar da segurança dos Portos de Paranaguá e Antonina foi criticado pela oposição e recebeu voto contrário dos deputados Valdir Rossoni (PSDB), Reni Pereira (PSB) e Luiz Carlos Martins (PDT).

O líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB), disse que o Porto de Paranaguá tem condições financeiras para contratar segurança particular e o governo do estado não poderia retirar policiais de outros municípios para cuidar do terminal portuário. "Outro problema é que o projeto não pede autorização para a realização de concurso público para contratação desses policiais", disse Rossoni.

Para o líder do PDT, Luiz Carlos Martins, o atual governo está inchando a máquina e tirando dinheiro de áreas essenciais para gastar com pessoal. "Será que há necessidade de tanta gente ou boa parte dos cargos são para acomodar aliados políticos?", questionou.

O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), que também faz parte da CCJ, garantiu que todos os novos servidores serão contratados por meio de concurso público e não há nada irregular na criação dos cargos. A segurança pública, segundo Romanelli, é prioridade para a população e o governo está investindo na área. A patrulha escolar, segundo ele, deve reforçar a segurança de alunos nas proximidades das escolas e a companhia portuária vai ter atuação permanente não apenas no Porto de Paranaguá, mas em todo o município. O impacto financeiro mensal previsto para a ampliação do efetivo da PM e a implantação dos dois projetos, segundo o governo, é de R$ 324 mil.

Outro projeto, que também aumenta o quadro pessoal do governo do estado, não chegou a ser votado ontem na CCJ, como era previsto. A mensagem do governador cria 20 cargos para as penitenciárias do Paraná. A oposição obstruiu a votação, usando uma manobra regimental de esticar a discussão de todos os projetos da pauta para não dar tempo de votar a mensagem. A discussão foi adiada para a próxima na terça-feira.

Ataques

O inchaço da máquina do governo vem pautando as discussões na Assembléia desde a semana passada e provocou até atritos entre os próprios governistas.

A oposição criticou os gastos elevados do governo com cartões corporativos e despesas com viagens dos servidores, que totalizam R$ 210 milhões desde 2004.

Para rebater a oposição, o secretário-chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, justificou que as despesas aumentaram porque o número de funcionários públicos cresceu 77% no atual governo e as contratações foram necessárias para colocar em prática os programas do governo e regularizar a falta de pessoal em algumas áreas, como educação e segurança pública. O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), classificou como inapropriada e mal-explicada a nota oficial emitida pelo secretário em nome do governo.

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