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O planejamento das ações operacionais para combater a violência no Rio, a ser entregue aos ministros da área de segurança para ser analisado junto com os comandantes das Forças Armadas, na próxima semana, começou a ser elaborado nesta terça-feira (17). Segundo o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, as ações serão discutidas em reunião na quarta-feira (18) com representantes da Secretaria Nacional de Segurança Pública, Secretaria estadual de Segurança e Polícia Militar.

Em visita à Feira de Segurança e de Aviação, que está sendo realizada no Riocentro, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade, Beltrame disse que a população tem de perceber que segurança pública se faz com trabalho a longo prazo, com medidas estruturais, valorização de profissionais e melhoria de equipamentos. No entanto, ele entende que situação no Rio exige medidas de curto prazo.

"A curto prazo, qualquer reforço vai ajudar o Rio de Janeiro. Seja de dez ou de cem pessoas, de que força for, isso vai ajudar", disse o secretário, não querendo entrar em detalhes sobre quantos homens das Forças Armadas o governo do estado está solicitando.

Ao passar pelo estande de Israel, onde estão expostas armas de uso não letal, Beltrame disse que avalia a compra de 30 equipamentos semelhantes para que as ações da polícia do Rio sejam menos dramáticas. Segundo o secretário, a Polícia Militar já conta com alguns equipamentos desse tipo, mas ainda não teve oportunidade de usá-las.

Pires: Defesa da Constituição

Em entrevista coletiva, após a abertura da feira, o ministro da Defesa Waldir Pires voltou a dizer que o governo federal está disposto aD colaborar com o governo do estado no combate à violência. Mas ressaltou que é preciso respeitar a Constituição.

"Vamos esperar o documento com as questões propostas pelo governador Sérgio Cabral para analisá-lo junto com o presidente Lula. Vamos estudar as ações para fazer o possível para ajudar o Rio, dentro da constitucionalidade. As Forças Armadas, em determinados momentos, podem ser empregadas para garantir a lei e a ordem. A Constituição estabelece que é o presidente que tem de decidir este momento", disse Pires.

O comandante do Exército, general Enzo Peri, disse que o Exército espera a decisão do presidente da República. E aguarda também o documento no qual o governo do estado vai detalhar os pontos onde deseja a atuação das Forças Armadas para analisá-lo junto com os ministros da área de segurança. Ele deixou claro, que numa possível participação do Exército no patrulhamento no Rio, o comando operacional das áreas onde houver apoio da força federal ficará a cargo das Forças Armadas.

O ministro da Defesa ficou ligeiramente irritado quando perguntado se as Forças Armadas não poderiam executar no Rio as mesmas ações que promovem no Haiti, onde ajuda a manter a ordem urbana. Pires respondeu que a operação no Haiti é comandada pela Organização das Nações Unidas. Diferentemente, as Forças Armadas no Brasil têm de respeitar os limites constitucionais.

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