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Deputados da base aliada e da oposição participaram da reunião em que foi fechada uma nova proposta de reajuste para os servidores. | Pedro Oliveira/Alep
Deputados da base aliada e da oposição participaram da reunião em que foi fechada uma nova proposta de reajuste para os servidores.| Foto: Pedro Oliveira/Alep

Uma nova proposta de reajuste salarial para o funcionalismo, formulada em comum acordo entre o Palácio Iguaçu e deputados da base aliada e da oposição, abriu a possibilidade do encerramento da greve dos professores do ensino básico e das universidades estaduais. A proposta, apresentada nesta quarta-feira (3), cria um plano de reajuste até 2017. Na prática, o governo garantiria o pagamento da inflação, medida pelo IPCA. Os sindicatos de servidores demonstraram disposição de discutir a proposta e marcarão assembleias para os próximos dias para decidir se aceitam ou não a nova oferta.

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A ideia é pagar 3,45% (referentes à inflação de maio a dezembro de 2014) em uma única parcela em outubro deste ano. A inflação de 2015 seria zerada em janeiro de 2016. As perdas inflacionárias de 2016 seriam pagas em janeiro de 2017 – quando os servidores também ganhariam um adicional de 1% .

Além disso, a proposta prevê a reposição do IPCA de janeiro a abril de 2017 a ser paga em 1.º de maio daquele ano – quando a data-base do funcionalismo estadual voltaria a ser em maio e não mais em janeiro.

O objetivo da proposta é pôr fim à greve dos professores, que já dura mais de 40 dias, e das universidades. “Eles [professores], concordando, voltam às aulas na segunda-feira (8)”, disse o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB). Ele afirmou que a alternativa foi referendada por deputados da base aliada e da oposição e que conta com o apoio do governo. Traiano ainda classificou a proposta como “incontestável” e “irrecusável”.

A proposta foi enviada às lideranças do Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES), que representa os servidores estaduais. Os sindicatos devem convocar assembleias para referendar, ou não, o novo plano de reposição salarial.

“Já é algum avanço”, disse Luiz Fernando Rodrigues, da diretoria de comunicação da APP-Sindicato, que representa os professores do ensino básico. “Mas é ruim porque o governo não sentou para negociar de outra forma. O ideal seria o pagamento [da reposição da inflação] de uma vez só, mas pelo menos não será parcelado este ano e não há alteração muito drástica na legislação que trata da data-base.”

Donizetti Silva, dirigente do Sindiseab e um dos coordenadores do Fórum de Entidades Sindicais, afirma que a proposta do governo não foi recusada nem aceita. “Isso cabe a cada categoria discutir. Mas é claro que essa proposta não é a dos servidores”, disse.

Apesar da expectativa de Traiano de que as aulas sejam retomadas já na segunda-feira, a APP-Sindicato anunciou que a assembleia dos professores será na terça-feira (dia 9) – o que fará com que as atividades escolares demorem um pouco mais para recomeçar, caso a greve seja encerrada.

Terceira proposta

A proposta apresentada nesta quarta-feira é a terceira que foi posta na mesa nesta semana. Na terça, uma alternativa, também formulada pelos deputados, foi rechaçada pelo governador Beto Richa (PSDB), que manteve a ideia original do governo – que agora passa a ser descartada na tentativa de chegar a um acordo com o funcionalismo.

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