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Nelson Jobim: em 20 anos, Exército terá 3 mil novos blindados | Renato Araújo/ABr
Nelson Jobim: em 20 anos, Exército terá 3 mil novos blindados| Foto: Renato Araújo/ABr

Rio de Janeiro - Após o anúncio da compra de caças para a Aeronáutica e de submarinos para a Marinha, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou ontem que o presidente Lula autorizou o início da fabricação de 3 mil novos veículos blindados de transporte para o Exército. "O presidente autorizou o início do projeto inicialmente chamado Urutu III, agora rebatizado Guarani, que vai substituir todo o sistema de mobilidade do Exército", disse Jobim após participar no Rio da troca do Comando de Operações Navais no porta-aviões São Paulo.

De acordo com o ministro, serão investidos na construção dos veículos R$ 6 bilhões ao longo de 20 anos. Os blindados serão construídos pela fábrica Fiat Iveco, em Sete Lagoas, Minas Gerais. A licitação foi vencida em 2007. Em abril, a fabricante apresentou uma maquete em tamanho real da viatura blindada na Feira Latin America Aero & Defense (LAAD), no Rio. O motor e 60% dos componentes serão nacionais para diminuir o custo de produção.

De acordo com a empresa, o veículo foi desenvolvido pela Iveco e o Departamento de Ciência e Tecnologia do Exér­­cito. O blindado terá 18 toneladas, motor diesel eletrônico, tração 6x6, capacidade anfíbia e poderá transportar até 11 militares.

As especificações básicas indicam 6,91 metros de comprimento, 2,7 metros de largura e 2,34 metros de altura. O modelo poderá ser equipado com uma torre de canhão automático ou metralhadora operada por controle remoto. O Guarani poderá ser aerotransportado por um avião com o porte do Hércules C-130.

A previsão da Iveco é que a primeira unidade fique pronta em 2010 e que 16 veículos sejam testados até 2011. Os exames serão realizados no Centro de Avaliações do Exército (CAEx), localizado em Barra de Guaratiba, na zona oeste do Rio. Os testes vão examinar a durabilidade do veículo, ergonomia e a blindagem estrutural para saber se o Guarani suporta explosões de minas terrestres, por exemplo.

Comparado ao EE-11 Urutu, modelo em uso hoje pelo Exército, o Guarani traria vantagens como proteção blindada superior, maior mobilidade, maior capacidade de transposição de trincheiras, maior capacidade de degrau vertical, ar condicionado, sistema de freio com disco duplo e ABS, GPS, sistema automático de extinção de incêndio e de detecção de laser.

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