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Lojas e mercadinhos da ocupação irregular de Itapoã, no Distrito Federal, só atendem por trás das grades, mesmo a luz do dia. No bairro de Santo Amaro, no Recife, 58 pessoas foram assassinadas no ano passado. O conjunto de 12 favelas do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, dominado pelo tráfico, dispensa apresentações. São essas as áreas, além da comunidade de Santa Inês, em Rio Branco, que o governo federal pretende, a partir da próxima semana, pacificar com uma série de projetos sociais e a implantação de polícia comunitária.

Os Territórios da Paz terão investimento inicial de R$ 234 milhões. Com o projeto, o Estado espera entrar em áreas onde hoje tem ação discreta. O foco central será a polícia comunitária.

O Ministério da Justiça quer que os policiais sejam conhecidos dos moradores e sejam chamados pelo nome. Para isso, o governo vai oferecer cursos de segurança e direitos humanos em troca de bolsa de R$ 400 mensais e financiamento para compra da casa própria.

Apesar de aparentemente pouco para estimular o enfrentamento em áreas violentas, o dinheiro significa, por exemplo, a metade do que ganha hoje um PM iniciante no Rio. No Acre e Pernambuco, onde um soldado recebe entre R$ 1,1 mil e R$ 1,2 mil, a bolsa faz diferença. O impacto é menor no Distrito Federal, onde o salário inicial é R$ 3,6 mil.

"Temos de recuperar a polícia para o cidadão, aproximá-la das pessoas", disse o secretário nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, no lançamento do Mapa da Violência da América Latina.

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