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O governo federal terá participação intensa no 9º Fórum Social Mundial (FSM), que começa na próxima terça-feira, em Belém do Pará, e que se encerra no próximo domingo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, estará em pelo menos dois grandes eventos do fórum, na quinta e na sexta-feira. E se encontrará durante o evento com os presidentes esquerdistas Evo Morales (da Bolívia), Hugo Chávez (Venezuela), Rafael Correa (Equador) e Fernando Lugo (Paraguai).

Lula não participa do FSM desde 2005, depois de ter participado das edições de 2001, 2002 e 2003. Neste ano, decidiu não ir mais ao Fórum Econômico Mundial, realizado na mesma época em Davos (Suíça). Para Davos irá apenas Henrique Meirelles, presidente do Banco Central.

Além de Lula, representantes do governo federal participarão de pelo menos 70 encontros do fórum. Também desembarcarão em Belém os ministros Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), Dilma Rousseff (Casa Civil), Carlos Minc (Meio Ambiente), Tarso Genro (Justiça), José Gomes Temporão (Saúde), Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário), Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), Orlando Silva (Esportes), Edson Santos (Igualdade Racial), Nilcéa Freire (Políticas para Mulheres) e Fernando Haddad (Educação).

Centenas de funcionários do governo federal devem acompanhar o primeiro escalão. Apesar da presença maciça do governo no fórum, nenhum ministro da área econômica tem visita prevista para o encontro, que terá a crise global como um de seus principais temas.

Os gastos do governo com as viagens e a quantidade de funcionários que serão deslocados não foram informados pelo governo. Mas o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, informou que os ministérios da Justiça, Saúde, Turismo e Educação repassaram R$ 77,5 milhões ao governo do Pará, comandado pela petista Ana Júlia Carepa, para organizar o evento. No entanto, o governo do Pará contabilizou, na semana passada, mais de R$ 120 milhões de repasses.

Dulci descartou qualquer ingerência do Planalto no evento. E rebateu o suposto preconceito contra o fórum. "Se o governo apoia grandes eventos culturais e esportivos, por exemplo, por que não apoiar um grande evento social?" Dulci também rebateu críticas sobre a participação de vários ministros no evento. "Quando houve a Expo-Zebu, por exemplo, vários ministros também foram. E foram porque o governo considera importante a feira."

Integrantes do PT, partido do presidente, também estarão em massa no evento, apelidado de o fórum "anti-Davos" – a reunião na Suíça é considerada pela esquerda como a meca do neoliberalismo. Membros do partido participarão de 20 eventos do Fórum Social. O PT estima ainda que levará mais de 10 mil militantes a Belém.

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