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As exonerações de mais três diretores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foram oficializadas nesta terça-feira (2) no "Diário Oficial da União". Foram demitidos, a pedido, José Henrique Coelho Sadok de Sá, do cargo de diretor-executivo, Geraldo Lourenço de Souza Neto, do cargo de Diretor de Infraestrutura Ferroviária, e Herbert Drummond, do cargo de Diretor de Infraestrutura Aquaviária. Além dos diretores, foi exonerada uma servidora que ocupava a coordenadoria-geral de cadastro e licitações.

A saída de Sadok de Sá, que estava afastado, e de Geraldo Lourenço já haviam sido anunciadas.Desde o começo de julho, quando teve início a crise no Ministério dos Transportes, 24 servidores que ocupavam cargos estratégicos foram demitidos ou afastados no ministério.

Sadok Sá foi afastado no dia 15 de julho após o jornal Estado de S.Paulo publicar que a construtora da mulher de Sadok teria faturado R$ 18 milhões para fazer obras em rodovias federais entre 2006 e 2011, vinculadas a convênios com o órgão.

Já Geraldo Lourenço de Souza Neto entregou pedido de exoneração ao ministro Paulo Sérgio Passos nesta quarta-feira (27). Ele estava acumulando também a diretoria de Administração e Finanças, que estava sem diretor desde antes da crise que atingiu o Ministério dos Transportes.Outras mudanças

Também nesta edição do "Diário Oficial" foi publicada a exoneração da servidora Nadja Tereza Monteiro de Oliveira, que ocupava o cargo de coordenador-geral de Cadastro e Licitações, ligada à Diretoria Executiva do (DNIT).

Ainda no Ministério dos Transportes foram oficializadas as dispensas de Miguel Mário Bianco Masella do cargo de substituto do secretário-executivo do ministério. Masella já assumiu a função de secretário-executivo. Sanelva Moreira Ramos de Vasconcelos Filho também foi dispensado do encargo de substituto do Secretário de Gestão dos Programas de Transportes do ministério, mas segue na pasta, conforme a assessoria de imprensa.Crise no ministério

As mudanças nos quadros da pasta começaram após reportagem da revista "Veja", publicada no início de julho, relatar que representantes do PR, partido ao qual pertencem o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras.

No dia 6 de julho, Nascimento pediu demissão, pressionado por suspeitas de que seu filho tenha enriquecido ilicitamente, favorecido pela presença do pai no ministério. Ao assumir o posto, no dia 12 de julho, o novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, afirmou que faria "ajustes" que envolveriam troca de pessoas e modificações em processos da pasta.Pronuciamento do ex-ministro

Aliados do ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), e o deputado Luciano Castro (PR-RR) disseram ao G1 nesta segunda-feira (1º) que o colega e senador pelo PR de Amazonas irá fazer um pronunciamento nesta terça para abordar, "de maneira pontual", todas as denúncias que o levaram a pedir demissão do cargo no começo de julho.

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