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O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou nesta sexta-feira (27) que o governo deve evitar uma "vertente autoritária", mas precisa promover um debate sobre os meios de comunicação. Ao falar sobre Desafios da Democracia no Fórum Social Mundial, Carvalho disse que há uma nova faixa do povo brasileiro que agora tem acesso a bens de consumo, educação e bens culturais.

"Toda essa gente que emerge ficará à mercê da ideologia disseminada pelos meios de comunicação? E aqui, com todo cuidado, porque um estado também pode ter uma vertente autoritária, como fomentar um processo de ampla comunicação de massa que possa ser o palco do processo democrático?"

Sem citar o Bolsa Família, que é visto por setores da esquerda como muito assistencialista, o ministro afirmou ainda que os setores progressistas não devem ter ciúmes das políticas públicas que atendem as camadas mais pobres, mas que devem travar uma batalha ideológica para conquistá-las.

"É muito importante que nós façamos esse trabalho social pensando nesse novo Brasil, conhecendo essa nova realidade. Não tendo ciúmes daquelas políticas de governo que atinjam as nossas clientelas, que não batem mais nas nossas portas, porque, muitas vezes, já caminharam por outros caminhos."

Para Carvalho, essa população emergente da pobreza é dominada pelo conservadorismo.

"Aí a necessidade importantíssima de uma disputa ideológica, de uma disputa de projeto frente a esse novo público que nos sabemos é um público homogenizado por setores conservadores. Lembro aqui, sem nenhum preconceito, o papel da hegemonia das igrejas evangélicas, das seitas pentecostais, que são a grande presença para o público que está emergindo".

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