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O governo pediu aos líderes da base que evitem colocar em votação temas polêmicos neste segundo semestre, quando ocorrem as eleições municipais. O pedido foi feito pela ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, em reunião na manhã desta quarta-feira (1). Ela conversou com os líderes do governo e do PT na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Jilmar Tatto (PT-SP), respectivamente, e irá se reunir com os líderes do governo e do PT no Senado, Walter Pinheiro (PT-BA) e Eduardo Braga (PMDB-AM).

Já o presidente da Câmara, Marco Maia, reafirmou hoje sua intenção de votar o projeto que altera o fator previdenciário, apesar da orientação do governo a seus líderes para evitar matérias polêmicas.

"O Congresso não deixará de votar ( no período eleitoral). Isso ( não incluir matéria polêmicas) é a conversa do governo com seus líderes. Meu papel como presidente é estimular as votações, ouvir dos líderes que projetos querem votar. Cada um exerça seu papel", disse Maia, reforçando que ele quer votar o projeto que altera o fator previdenciário ainda este semestre.

Segundo Tatto, na conversa com Ideli Salvatti sobre a pauta legislativa, a solicitação do Planalto foi de que, neste período eleitoral, sejam votadas as medidas provisórias (MPs), mas evitada a votação de temas polêmicos, como por exemplo, o fator previdenciário, as 30 horas para os enfermeiros e os royalties do petróleo. Tatto lembrou, no entanto, que quem elabora a pauta é o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), em acordo com os líderes partidários.

"A orientação do governo é votar as MPs e não por na pauta temas polêmicos como fator previdenciário, 30 horas para enfermeiros e os royalties. Se der quorum essa semana, queremos votar a MP 565, da seca no Nordeste", disse Tatto. O líder do PT disse ainda que há uma preocupação em relação a movimentos de greve de servidores, mas que o governo está dando o encaminhamento a essa questão, em mesas de negociação. Segundo ele, hoje terá um encontro da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, com integrantes da Comissão do Trabalho.

"E o pessoal do Orçamento, da Miriam, em conjunto com a Fazenda, está em conversa para elaborar uma proposta para 2013", disse Tatto, sem querer adiantar que tipo de acordo poderá ser oferecido pelo governo.

Jilmar Tatto, que negou ter sido tratado do julgamento do mensalão na reunião com Ideli. Ele dará entrevista coletiva na tarde de hoje para falar sobre o tema. O julgamento dos 38 réus pelo Supremo Tribunal Federal terá início nesta quinta-feira e o governo tem evitado falar sobre o assunto.

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